reinador assumiu em meio a salários atrasados, elenco insatisfeito e transferban, mas conquistou acesso com campanha sólida na Série C
Por Sandra Venancio – Foto Júlio César Costa/Especial PontePress
O empate por 1 a 1 contra o Náutico, no último domingo, carimbou o retorno da Ponte Preta à Série B do Campeonato Brasileiro e consolidou Marcelo Fernandes como símbolo da superação alvinegra em 2025. Contratado em agosto para substituir Alberto Valentim, o técnico chegou sob desconfiança, após passagem recente pelo rival Guarani, e encontrou um clube mergulhado em crise administrativa, com salários atrasados e impossibilitado de contratar reforços devido a um transferban.
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Mesmo diante do cenário adverso, o treinador construiu um ambiente de confiança e conseguiu transformar o desempenho da equipe. A defesa, já sólida, foi mantida, enquanto o ataque ganhou nova dinâmica com a valorização de Jeh e maior liberdade para o armador Elvis. As vitórias sobre Itabaiana, CSA e Londrina abriram caminho para uma arrancada confirmada no quadrangular final com triunfos contra Brusque e o próprio Náutico.
Na entrevista coletiva após a confirmação do acesso, Marcelo exaltou o elenco e o comprometimento dos atletas. “Não é toda vez que o time vai jogar bem ou que vamos ganhar todos os jogos. São seis vitórias e um empate. O que eles fizeram é de tirar o chapéu”, disse, em tom emocionado.
O treinador lamentou a ausência do centroavante Jeh, lesionado, e elogiou o papel de Elvis, apesar da autocrítica do camisa 10. Também destacou a importância do estafe alvinegro, citando o gerente de futebol Ricardo Koyama e o coordenador João Brigatti. “Eles estão com salários atrasados, mas seguram a corda e remam para o mesmo lado. Isso é fundamental. Eu tiro o chapéu”, afirmou.
Com o acesso garantido, a Ponte Preta cumpre tabela na Série C contra o Brusque, neste sábado (5), às 19h30, no estádio Augusto Bauer. O lateral Artur está suspenso e será desfalque.