O preço dos materiais escolares registrou uma alta média de 8% este ano sobre 2010, motivada pelo aumento de impostos que incidem sobre a venda de mercadorias. O patamar ficou acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 5,79% em 2010. Os lojistas culparam a substituição tributária do governo estadual como a vilão da vez contra o bolso dos consumidores que vão adquirir os materiais para os filhos.
A alta dos preços acontece geralmente quando a indústria ou o atacadista, recolhe o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), devido pelos integrantes da cadeia produtiva até o consumidor final. O assunto é tema frequente de reclamações de empresários de diferentes setores econômicos no Estado e um dos principais motivos para justificar a elevação de preços em diversas cadeias produtivas e no varejo.
O presidente do sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), Antônio Martins Nogueira, explica que o reajuste é comum no fim do ano, embora algumas papelarias devam aumentar em até 10% o preço de canetas, lápis, borrachas, cadernos, tesouras, entre outros.
A assessoria de imprensa do sindicato informou que sugeriu aos lojistas que não ultrapassassem o patamar de 8% de reajuste dos preços este ano, apesar de alguns itens terem subido mais.
Há lojas no comércio campineiro que parcelam as compras em até seis vezes e concedem descontos de 5% a 10% para as compras à vista, dependendo do valor e da forma de pagamento.