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quinta-feira, julho 3, 2025

Militares compram 35 mil comprimidos de Viagra e 60 próteses penianas infláveis

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As Forças Armadas, que reúne no Exécito, a Marinha e a Aeronáutica 360.000 soldados ativos, compraram, com dinheiro público Viagrapróteses penianas de até 25 centímetros e remédio para calvicie. Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Os 35 mil comprimidos de Viagra, medicamento usado para tratar disfunção erétil, segundo texto da colunista do jornal O Globo Bela Megale, publicado nesta segunda-feira (11), foram comprados pelas Forças Armadas. Com o mesmo objetivo o Exército comprou 60 próteses penianas infláveis no valor de R$ 3,5 milhões, afirma texto dos colunistas Guilherme Amado e Edoardo Ghirotto, publicado nesta terça-feira (12), no Metropoles.

As Forças Armadas também compraram o Minoxidil e a Finasterida, os dois principais medicamentos usados para combater a calvície masculina, por um custo de R$ 2,1 mil empenhados entre 2018 e 2020.

Os dados de ambas as compras são do portal da Transparência e do painel de preços do governo e foram compilados pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO).

Sobre a compra do Viagra, o deputado pediu explicações ao Ministério da Defesa, chefiado pelo general do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que substituiu o também general Walter Braga Netto, que deve ser o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

De acordo com o deputado, 8 processos de compra de Viagra foram aprovados desde 2020, e ainda estão em vigor neste ano. Nos processos, o medicamento aparece com o nome genérico Sildenafila, nas dosagens de 25 mg e 50 mg. A maior parte dos medicamentos é destinado à Marinha, com 28.320 comprimidos. Outros 5 mil comprimidos são para o Exército e 2 mil para a Aeronáutica.

Por meio de nota, a Marinha disse que o Viagra seria usado para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, “doença grave e progressiva que pode levar à morte”. O Exército também apresentou a mesma justificativa, dizendo que os hospitais da corporação, que atendem os militares e seus dependentes, devem ter o medicamento para tratar a condição.

A alegação foi desmentida por especialistas. A pneumologista que coordena a Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Verônica Amado, disse ao UOL que a dosagem de 25 mg como a do Viagra, não é a prevista na literatura médica para tratar hipertensão arterial pulmonar.

No caso da compra das próteses penianas, o deputado Elias Vaz, e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) vão pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) para investigar e determinar o por quê da compra, segundo o Metrópoles.

O Portal da Transparência e o Painel de Preços do governo federal apontam que foram feitos três pregões eletrônicos no ano passado para comprar os produtos, cujo comprimento varia entre 10 e 25 centímetros.

O primeiro pregão teve a compra de dez próteses, autorizada no dia 2 de março de 2021, no valor de R$ 50.149.72 cada, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. O fornecedor foi a empresa Boston Scientific do Brasil LTDA.

Um segundo certame estabeleceu, no dia 21 de maio de 2021, a aquisição de 20 próteses, ao custo de R$ 57.647,65 cada, para o Hospital Militar de Área de Campo Grande (MS). A empresa fornecedora foi a Quality Comercial de Produtos Médicos Hospitalares LTDA.

O terceiro pregão determinou, no dia 8 de outubro de 2021, a compra de 30 próteses, cada uma orçada em R$ 60.716,57, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. A empresa Lotus Medical Distribuidora e Comércio de Produtos Médicos Eireli foi encarregada de fornecer as unidades.

 

Militares gastam rios de dinheiro público

Os gastos escandalosos dos militares envolvem ainda a compra de m1.183 toneladas de filé mingon, picanha, salmão e outros luxos como uisques, bacalhau e todo tipo de iguaria que só a classe alta do país tem acesso.

Levantamento nas contas públicas do Ministério da Defesa também realizado pelo deputado federal Elias Vaz, que identificou apenas de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022 a aquisição de 557 toneladas de filé mignon, 373 toneladas de picanha e 254 toneladas de salmão o que totaliza astronômicas 1.184 toneladas dessas carnes.

O período corresponde ao da gestão do general Braga Netto, o maior defenso de Bolsonaro nas Forças Armadas, frente à pasta. As compras desses alimentos somaram R$ 56 milhões, segundo o autor da denúncia.

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