O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Campinas vai ouvir 18 pessoas, nas próximas semanas, no processo que apura fraudes em licitações públicas, pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. Entre os convocados estão a secretária-chefe de gabinete e primeira dama de Campinas, Rosely Nassim Jorge; sua secretária Cíntia Paranhos; o secretário de Cooperação em Assuntos de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto e o Secretário de Comunicação, Francisco de Lagos.
Também foram convocados o ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto de Aquino; o ex-diretor da Prefeitura de Campinas, Ricardo Candia; Marcelo Figueiredo, ex-diretor da autarquia; Carlos Roberto Cavagioni Filho, procurador da Sanasa e os empresários Gregório Vanderlei Cerveira, Emerson Geraldo de Oliveira, Alfredo Ferreira Nunes, Luiz Arnaldo Pereira Mayer, Pedro Luiz Ibrain Alaq, Dalton dos Santos Avancini, Maurício de Paulo Manduca, José Carlos Ibrain Gutierrez e José Carlos Costa Marques Bumlai (amigo pessoal do ex-presidente Lula).
Segundo o promotor do Gaeco, Ricardo Schade, as convocações foram feitas porque os nomes foram mencionados e esclarece que os convocados não estão, necessariamente, sendo investigados, mas podem depor como testemunhas.
Outros seis contratos firmados pela Sanasa serão alvos de investigação do Ministério Público. A Promotoria irá investigar os contratos com cinco construtoras: Saenge Engenharia de Saneamento, Gutierrez Empreendimentos e Participações Ltda, Global Serviço e Logística e Constran S/A Construções e Camargo Correa.
Os contratos assinados durante a gestão de Vicente Andreu Guillo (Atual presidente da Agência Nacional de Águas) na Sanasa não serão mais objetos de investigação, como determinou o Ministério Público após ouvir o ex-presidente da autarquia.
Outro ex-presidente da Sanasa, Luiz Castrillon de Aquino, não compareceu ao Ministério Público, no último dia 14, para depor. Segundo o promotor do Gaeco, Ricardo Schade, a atitude foi lamentável e a promotoria vai marcar nova data para o depoimento.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Sanasa informou que não vai se pronunciar sobre as novas convocações e os outros seis contratos que serão investigados.
O Departamento de Comunicação da Prefeitura informou que só se manifestará após conhecer o teor das convocações e que, por enquanto, não vai se pronunciar porque as notificações ainda não foram entregues aos secretários e à primeira-dama.