A discussão da década envolvendo os trabalhadores e o mundo do trabalho no Brasil é prepará-los cada vez mais para que sejam inseridos nas novas oportunidades que estão se abrindo no país, seja por meio do pré-sal, da instalação do Trem de Alta Velocidade (TAV), ou dos investimentos exteriores já anunciados. Foi com essa concepção que o prefeito Hélio de Oliveira Santos abriu na manhã desta segunda-feira, dia 2 de maio, o Fórum Social e do Trabalho, que tem como objetivo discutir a inclusão dos trabalhadores no momento de expansão e desenvolvimento econômico pelo qual passa a Região Metropolitana de Campinas (RMC). A preparação a qual se refere o prefeito, como ele explica, demandará ações maiores do que apenas a capacitação. “Nosso desafio agora é pensar o mundo da Educação também como forma de inserção. Temos de utilizar de todas as políticas à nosso alcance para conduzi-los às grandes universidades. Afinal, Campinas é uma cidade vocacionada para a Academia, para a tecnologia e, apesar de quando se avalia diversos indicadores econômicos e sociais a cidade ocupar os primeiros postos no ranking das 14 maiores do país, pouco mais de 8% de seus trabalhadores frequentam universidades”, ponderou Dr. Hélio. A situação, destaca o prefeito, tem de ser invertida, uma vez que, “o mundo do trabalho vai ditar os rumos do país na próxima década, até 2022, ano que serão comemorados os 200 anos da Independência. Deste modo, com a capacitação e formação, os postos de trabalho abertos no Brasil devem ser dirigidos aos trabalhadores brasileiros e não aos estrangeiros”, pondera Dr. Hélio, na defesa do emprego competitivo. A realização em Campinas do Fórum Social e do Trabalho, destacou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, reflete a importância da cidade na discussão de temas de importância relevante no país. “Campinas tem de ser um celeiro de inclusão”, disse Lupi, lembrando que as propostas surgidas das discussões do Fórum poderão nortear a discussão de políticas públicas para o país. “Temos de discutir que país queremos. Se nos últimos 8 anos fomos capazes de gerar 15,5 milhões de empregos formais (com carteira assinada), temos de avançar ainda mais na próxima década”, disse Lupi. Este avanço, assinala, passa pela capacitação para a qual a União tem recursos de cerca de R$ 7 milhões para investimentos em diversos programas, pela formação educacional, mas passa, também, de maneira fundamental pela discussão das questões de segurança no trabalho. “Temos de fazer uma profunda discussão sobre estes temas. Não é possível que em um país que se destaca entre as principais economias mundiais ainda tenha que se discutir a precarização do trabalho, a subordinação de trabalhadores a condições de trabalho análogos à da escravidão”, disse Lupi. O ministro destacou, ainda, que a capacitação deve ser também tarefa dos empregadores. Caderno de propostas O Fórum Social e do Trabalho, organizado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, é composto por uma série de atividades que incluem mesas de discussões sobre temas ligados ao desenvolvimento social e ao trabalho, debates e palestras. “Entre suas propostas podemos destacar a de pensar o Brasil dos próximos anos. “No final o Fórum terá contribuído com a elaboração de um caderno com propostas de políticas públicas ligadas ao tema. Será essa a forma de Campinas dar sua contribuição para este momento pelo qual passa o país”, disse o secretário municipal de Trabalho e Renda, Sebastião Arcanjo. Na cerimônia de abertura o secretário de Estado de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, assinalou que para cumprir os desafios é indispensável a união dos governos federal, estadual e municipal. “De forma unida os três governos construirão uma agenda comum”, disse. O secretário estadual de Emprego e Relações de Trabalho, Davi Zaia, apontou durante a cerimônia, a importância do papel das escolas técnicas (ETCs), neste processo de formação dos trabalhadores para o emprego competitivo. A cerimônia de abertura do Fórum Social de do Trabalho, contou também com a participação de lideranças sindicais, entre elas Arthur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical e Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTTB), além de representantes da Câmara Municipal, do Banco do Brasil e da Petrobrás, que apóiam sua realização. Durante a manhã a mesa central de discussões debateu a conjuntura econômica atual e os desafios da classe trabalhadora no Brasil. A discussão foi conduzida pelo presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann. Durante a tarde haverá novas mesas e debates (veja programação no hotsite www.forumdotrabalhocampinas.com.br/programação Fonte e foto: assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Campinas
Ministro do Trabalho e Dr. Hélio abrem debates no Fórum Social
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