Procuradoria tenta reverter habeas corpus concedido pelo TRF-1 a acusados de fraudes bilionárias
O Ministério Público Federal recorreu nesta terça-feira (2) da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que autorizou a soltura do banqueiro Daniel Vorcaro e de quatro ex-sócios do Banco Master, investigados por suposta fraude na concessão de créditos.
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A desembargadora Solange Salgado concedeu habeas corpus na sexta-feira (28), permitindo que os acusados respondam às investigações em liberdade com tornozeleira eletrônica e outras medidas restritivas. O MPF tenta restabelecer as prisões preventivas, alegando risco à apuração e à ordem econômica.

Além de Vorcaro, foram beneficiados Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira, Angelo Antonio Ribeiro da Silva e Augusto Ferreira Lima. Todos estão proibidos de atuar no sistema financeiro, manter contato com outros investigados e deixar o país.
A Operação Compliance Zero, conduzida pela Polícia Federal, apura a existência de créditos falsos e irregularidades relacionadas à tentativa de aquisição do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília, instituição pública vinculada ao governo do Distrito Federal. As suspeitas de fraudes chegam a R$ 17 bilhões, segundo as investigações.
A defesa de Vorcaro afirma que ele não tentou fugir do Brasil e que tem colaborado com todas as etapas do inquérito. Já o BRB anunciou que contratará auditoria independente para verificar possíveis falhas internas e reforçar controles de governança após as denúncias.




