
A primeira ocorrência grave aconteceu no Jardim Conceição no dia 30 de outubro, quando um homem de 28 anos matou toda a família e depois se matou com um tiro na boca.
O início da chacina começou por volta das seis da manhã, o rapaz Antônio Ricardo Gallo, primeiramente matou a irmã Ana Cristina, que ia para o trabalho. Em seguida, se dirigiu a sua casa e atirou contra o pai, um senhor de 60 anos que estava do lado de fora.
Após os disparos, ele adentrou a casa para procurar as outras irmãs,atirando em uma delas, poupando a vida de outra com problemas mentais e sua filha de apenas três anos. Nisso, Ricardo coloca fogo na casa antes de sair e mata também o vizinho.
Então, o vigilante se dirige até outro bairro, onde atira na ex-namorada e no atual namorado dela, seguindo para a Rodovia Anhanguera, onde foi cercado pela polícia, e acaba se matando.
Parentes contam que Ricardo trabalha em uma empresa de segurança dentro do San Conrado. Ele queria se vingar da família, primeiramente porque no dia anterior recebeu uma notificação da decisão do juiz, o qual dava a posse da casa a seu pai.Ricardo também já havia sido preso depois de várias brigas com os familiares. Tanto o rapaz, quanto a mãe, falecida em janeiro deste ano, apresentavam distúrbios esquizofrênicos e recebiam tratamento na Fumec de Sousas.
O segundo caso que abalou os distritos foi uma tentativa de assalto no condomínio San Conrado ocorrida no dia 14 de novembro. Uma mulher de 34 anos foi baleada na região da barriga quando para fugir do bandido saiu gritando pedindo socorro.
De acordo com o pai da vítima Miguel Rocha, um dos assaltantes entrou na casa por uma mata localizada nos fundos da residência, enquanto o outro bandido esperava na frente da casa.
Segundo Miguel, o genro ouviu um barulho no quintal e abriu a porta para verificar e deu de frente com o bandido, que estava encapuzado e o empurrou vindo a cair no chão. Nisso, a mulher vendo o bandido, pegou o celular e saiu pela porta da frente gritando e pedindo socorro. Nesse instante é atingida por uma bala disparada pelo bandido, na entrada da casa.Os ladrões fugiram sem levar nada.
A perícia da Polícia Civil apreendeu um projétil de calibre 38, um alicate e um gorro. O caso segue em investigação e de acordo com o delegado Rui Pegolo Pegolo, até o momento, a polícia não tem pistas dos criminosos.
A vítima foi socorrida pelosvizinhose levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada ao Hospital da Santa Casa, onde passou por cirurgia e segue internada em coma induzido.O pai informou que a bala entrou na lateral e diagonal pegando o osso do sacro, intestino e outros órgãos. O quadro clínico permanecia o mesmo até essa semana quando a moça passou por uma traqueotomia. As últimas informações até o fechamento dessa edição é que ela ainda não está falando, só consegue piscar. A família, aos poucosesclarece os fatos ocorridos para que ela não entre em choque, como de outras vezes em que tentaram retirá-la do coma. Agora, ela passará por exames de tomografia do tórax e da cabeça, e deve sair da UTI nos próximos dias.
O pai da vítima falou com o Jornal Local e lamenta o descaso da administração e do chefe de segurança do Loteamento Caminhos de San Conrado. De acordo com ele, o gerente apenas informou que a responsabilidade do cercamento dos fundos é do proprietário do imóvel, e que“qualquer um pode entrar, pois não é um condomínio e sim um loteamento fechado”. Miguel também afirmou que o chefe da segurança falou muito mais sobre as falhas de segurança, inclusive sobre prestadores de serviços, do que as providências que eles vão tomar para melhorar a segurança no local.
No local há duas guaritas de segurança, desativadas por uma “Comissão de Segurança”, que se instalou na administração com várias mudançasque impactaram e comprometem a segurança dos moradores daquela região.
Após o ocorrido, um grupo de moradores se reúne semanalmente para discutir as providências que serão tomadas para melhorar a segurança no local. E caso, a nova administração seja omissa, o grupo já planeja algumas saídas para assegurar os direitos de associados.
Mais outro caso violento foi registrado no distrito de Joaquim Egídio, sentido Usina Jaguari, no dia 21 de novembro, por volta das 21h e levou cerca de uma hora e meia. O assalto terminou com dois bandidos mortos e cinco feridos, sendo dois idosos. Um deles sofreu um infarto,e o outro levou uma coronhada na cabeça, segundo informou o Batalhão de Ações Especiais (Baep) da Polícia Militar e a Guarda Municipal, que atenderam a ocorrência.
O grupo estava armado e encapuzado e chegaram a levar joias e dinheiro. Uma viatura da Guarda Municipal (GM) que patrulhava nas proximidades estava a caminho da fazenda e chegaram a bater contra o veículo dos bandidos.
Na perseguição, o Baep deparou com os ladrões na Rodovia Doutor José Bonifácio Coutinho Nogueira, na Estrada das Cabras, próximo a Morungaba, os ladrões bateram com o carro e correram para a mata, ondehouve intensa troca de tiros e dois bandidos morreram, e outros três conseguiram fugir. De acordo com a Polícia Militar, o dinheiro e as joias foram recuperados e três revólveres apreendidos.
A Polícia Civil do 12º Distrito Policial (DP) conseguiu identificar dois suspeitos mortos: Vanderson Pereira, o Vando, de 31 anos, e Luiz Carlos Ferreira da Silva, o Cabelo, de 47 anos. Segundo o delegado Rui Pegolo, titular do Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) e que responde pelo 12º, os dois envolvidos no assalto têm diversas passagens criminais, inclusive por roubo e homicídio.
Os empresários já foram rendidos dentro da garagem, e um deles agredidos por gritar por socorro e a mulher teve um infarto. Na fazenda moram também dois casais de funcionários, um parente e sua empregada. No total, 10 pessoas foram rendidas, inclusive duas crianças, uma de 4 e outra de 9 anos.A polícia foi acionada pela sobrinha e sua empregada, que foram as últimas a serem rendidas. Todos foram levados para o interior da casa e trancados em um dos quartos.
De acordo com as vítimas, os criminosos tinham informações privilegiadas, já que demonstraram todo o tempo que conheciam a rotina dos moradores e também o que tinha no imóvel.




