O Estado de São Paulo registrou queda de 36,2% no número de adolescentes grávidas em 2008, em comparação com o ano de 1998. Foram 94.461 jovens com idades até 19 anos grávidas no ano passado, contra 148.018 casos em 1998. Os dados fazem parte de levantamento da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Seade.
A queda no número de casos de gravidez na adolescência vem ocorrendo ano a ano. Em 1999 foram registradas 144.362 ocorrências no Estado. Em 2000 foram 136.042. Já em 2001, houve 123.714; em 2002, 116.368; em 2003, foram 109.082; em 2004, foram 106.737; em 2005, 104.984; em 2006, foram 100.632; e, em 2007, 96.554 casos.
As adolescentes grávidas, no ano de 2008, representaram 15,7% do total de partos. Esse índice foi de 16,25% no ano anterior, 16,6% em 2006, 16,9% em 2005, 17,0% em 2004, 17,5% em 2003 e 18,4% em 2002.
“Já há bastante tempo a ocorrência de gravidez está em declínio no Estado de São Paulo. Ano a ano, essa tendência de queda vem se mantendo. Isso é resultado de um conjunto de ações, que inclui a disseminação da informação sobre a importância do sexo seguro, além do trabalho em relação ao comportamento juvenil, lidando com os medos e inseguranças dos adolescentes que podem levá-los a um comportamento de risco”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Por meio do Programa de Saúde do Adolescente, a Secretaria de Estado da Saúde vem, ao longo dos anos, capacitando profissionais de municípios de todo o Estado. Apenas em 2009, cerca de 3.000 profissionais foram capacitados gratuitamente. O objetivo do Programa é sensibilizar e criar uma cultura de discussão dos problemas relacionados aos adolescentes e estimular o atendimento.
Atualmente no Estado de S. Paulo há 24 Casas do Adolescente que oferecem atendimento integral e multidisciplinar. Seguem como modelo a Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, que foi a primeira a ser implantada e oferece desde 1993 atendimento com profissionais de áreas diversas, entre médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores, todos especializados em orientação sexual a jovens. Também há cursos, aulas de dança, cursos de culinária, de artesanato e terapias em grupo. Os projetos são colocados em prática de acordo com a demanda.