Ação conjunta do Gaeco e Baep cumpre mandados em endereços de luxo; suspeito morreu e sargento da PM foi baleado no ombro
Por Sandra Venancio
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas e o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (30), uma megaoperação contra lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Até o momento o que se sabe é que na casa do suspeito foram encontrados armas e dinheiro.
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Durante o cumprimento de um dos mandados, no condomínio Ermitage, em Sousas, houve confronto armado entre policiais e um dos investigados. O sargento do Baep foi baleado no ombro, recebeu socorro e foi encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp, onde passa bem. O suspeito foi atingido e morreu no local.
As buscas se concentraram em condomínios de alto padrão de Campinas, como Alphaville, Entreverdes, Jatibela, Swiss Park e Hermitage, e se estenderam a Mogi Guaçu e Artur Nogueira.
Entre os presos está Eduardo Magrini, conhecido como “Diabo Loiro”, apontado como um dos principais alvos da operação. Magrini já teve antecedentes por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos, e chegou a ser preso em 2012 em Bom Jesus dos Perdões, na região de Atibaia. Nos últimos anos, se apresentava nas redes sociais como influenciador digital e produtor rural, publicando imagens de carros de luxo, viagens e encontros com celebridades.
A operação mira o núcleo financeiro da facção, responsável por movimentar valores milionários em imóveis, veículos de luxo e empresas de fachada. Entre os principais nomes apontados nas investigações estão Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como Mijão, Xixi ou 2X, e Álvaro Daniel Roberto, o Caipira — ambos considerados entre os traficantes mais procurados do país.
Ao todo, foram decretadas nove prisões preventivas, das quais seis foram cumpridas. Três alvos estão foragidos. Também foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de 12 imóveis de luxo e valores bancários.
Balanço
De acordo com o Gaeco, a investigação revelou uma rede de lavagem de dinheiro que abastecia o caixa paralelo do PCC, operando por meio de empresas do setor imobiliário e influenciadores digitais usados para ocultar bens e movimentações suspeitas.
Os investigadores afirmam que o esquema movimentou milhões de reais em um ano, sustentando o tráfico de drogas e a compra de armamentos.
O policial ferido permanece internado em observação, e a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do confronto.




