Operação Quimera mirou quadrilha que fabricava e distribuía cédulas contrafeitas via internet e Correios; golpe afetava comerciantes e consumidores em todo o país
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (31) a Operação Quimera, voltada a desarticular uma rede de fabricação e distribuição de cédulas falsas que atuava em todo o território nacional. A ação teve origem em maio de 2025, após a prisão em flagrante de um homem em Campinas (SP), surpreendido ao retirar uma encomenda dos Correios contendo 20 notas falsas de R$ 50.
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Na operação de hoje, agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Federal de Campinas contra o principal investigado, residente em São Lourenço da Serra (SP). Todo o material apreendido será periciado para verificar a qualidade das falsificações e a extensão da rede criminosa.

Segundo a investigação, o homem identificado após o flagrante seria o remetente de dezenas de encomendas postais com dinheiro falso. Entre fevereiro e maio deste ano, ele teria realizado ao menos 80 postagens pelos Correios, com destino a compradores em diversos estados. As vendas ocorriam pela internet, principalmente em redes sociais e fóruns digitais, onde cada lote de R$ 1.000 em notas falsas era comercializado por valores entre R$ 150 e R$ 250.
De acordo com a PF, as cédulas falsificadas eram usadas principalmente em pequenos comércios, bares, postos de gasolina e também em negociações de eletrônicos, como celulares e videogames, em transações diretas entre particulares, dificultando a rastreabilidade das notas.
A corporação alertou que o crime tem impacto direto sobre a economia popular, atingindo comerciantes e cidadãos que recebem as cédulas sem perceber a falsificação. A Polícia Federal reforçou que produzir, guardar ou utilizar moeda falsa é crime previsto no artigo 289 do Código Penal, com pena de 3 a 12 anos de prisão, além de multa.
O nome da operação — “Quimera” — faz referência à criatura mitológica composta por diferentes animais, simbolizando a natureza ilusória e enganosa do esquema: um negócio fictício baseado em dinheiro sem valor real.




