O ministro Alexandre de Moraes pediu que o PL apresente também dados referentes ao primeiro turno.
Passados 22 dias do segundo turno, o candidato derrotado ainda não assimilou o resultado das urnas. Agora, além de praticamente não aparecer mais em público, tenta questionar a eleição, por meio de seus aliados – sem contar os protestos em rodovias e unidades militares. Assim, nesta terça-feira (22), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de invalidação de votos em urnas fabricadas até 2020.
O partido diz ter feito uma “auditoria” que teria comprovado vitória de Jair Bolsonaro com 51,05% dos votos. Isso porque parte das urnas teria problemas – coincidentemente, isso alteraria o resultado a favor do atual presidente. A vitória em 30 de outubro foi de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 50,9% dos votos válidos.
Prazo de 24 horas
No fim de semana, o ex-deputado já havia adiantado que apresentaria alguma medida relativa ao processo eleitoral. Mas a petição de hoje foi respondida em pouco tempo pelo próprio presidente do TSE, Alexandre de Moraes. O ministro pediu que o PL apresente também dados referentes ao primeiro turno.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizados tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022”, escreveu Moraes. Além disso ele deu prazo de 24 horas para que o partido do presidente da República inclua os dois turnos no pedido, sob pena de indeferimento.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse considerar “inquestionável” o resultado das eleições. Já o PSDB afirmou que o pedido feito hoje ao TSE é uma “insensatez”.