Ponte Preta apresentou à imprensa na tarde desta quinta (5) três de suas novas contratações para o Brasileiro da série B, que se inicia no próximo dia 21. O goleiro Júlio César e os atacantes Soares e Bruno Nunes falaram aos presentes sobre os planos que têm para suas carreiras na Ponte Preta e sobre a luta pelo acesso à série A na competição nacional, principal objetivo de todo o grupo alvinegro. Confira abaixo um pouco do que os atletas disseram.
O goleiro Júlio César foi o primeiro a falar com os repórteres. “Estou louco de vontade para entrar em campo pela Ponte Preta. Com certeza é o maior clube entre os que atuei, merece estar na série A. Espero ajudar meus companheiros nesse objetivo e me firmar aqui”, disse.
Questionado sobre seu contrato, o arqueiro afirmou que é dono dos próprios direitos e que assinou inicialmente com a Macaca pelo Brasileiro. “Mas é grande a possibilidade e a minha vontade de ficar por muito mais tempo”, garantiu, revelando ainda que houve outras duas tentativas anteriores de trazê-lo que não vingaram nas épocas em que foram feitas em virtude de compromissos com outros clubes.
Os próprios repórteres afirmaram que a idade do atleta – 33 anos – pode ser considerada como alta para jogadores de linha, mas se traduz em maturidade e experiência para um goleiro. Questionaram, então, se Júlio concordava com essa tese.
“Acho que realmente aos 33 anos um goleiro tem outra visão do jogo, enxerga lances de maneira diferente e pode ter uma atuação melhor. Além disso sempre cuidei bem do meu físico e acho que há momentos em que a experiência dos jogadores mais velhos ajuda a equilibrar ansiedade dos mais jovens. A mescla que a Ponte fez neste elenco atual é muito interessante, pois mistura a sabedoria de alguns jogadores com a juventude de outros.”
O novo goleiro foi perguntado ainda sobre o fato de vir a ser ou não o titular do time na próxima competição e se ele acreditava que poderia se firmar na posição como o ex-goleiro alvinegro Aranha, por exemplo. “No meu contrato não diz que tenho que ser titular, o que define isso é o dia a dia e o trabalho. Vi o Bruno em ação, bem como acompanhei o treinamento do Gustavo e do Reynaldo e acho que será uma disputa saudável e bacana pela posição e a Ponte só tem a ganhar com isso. Quanto a me firmar como o Aranha, creio é uma responsabilidade grande, que exige trabalho sério. Primeiro é preciso ganhar credibilidade com boas atuações e, para ser ídolo, é preciso grandes conquistas, títulos. Então vamos começar lutando pelo acesso à série A.”
A entrevista com o atacante Bruno Nunes, artilheiro da série B do Paulista com 15 gols, foi focada basicamente em dois temas: a escolha por vestir a camisa alvinegra e a possibilidade de ser goleador também no Brasileiro e no Paulista da série A, já que o atleta tem contrato também para disputar a competição regional do ano que vem pela Macaca. Mais tímido que os colegas, Bruno foi sucinto e objetivo nas respostas.
Questionado sobre outros times que lutaram por seu passe e sobre o porque escolher a Ponte, o atleta afirmou: “Eu que decidi, porque me identifiquei com a Ponte. Não sei sobre outros times, esses assuntos extra-campo ficaram com meu empresário, eu estava focado na série A2. Mas escolhi a Ponte, que é um grande clube, e espero fazer carreira aqui.”
O atacante, que até o momento só atuou profissionalmente pelo Rio Preto, afirmou que não é possível comparar a série A2 com a A1 e o brasileiro, mas ressaltou que com bastante empenho tem certeza de que marcará gols com a camisa alvinegra. “São campeonatos diferentes, mas vou trabalhar para ser feliz e fazer gols. Vou trabalhar bastante e, se Deus me abençoar, vou marcar gols pela Ponte.”
O também atacante Soares foi perguntado sobre seu começo “avassalador” no Figueirense e o fato de sua produção ter diminuído em outras equipes.
“Meu auge foi mesmo no Figueirense, onde fui artilheiro do Brasileiro. Depois, no Flu, cheguei bem, mas meu espaço foi diminuindo com a chegada de outros bons jogadores. No Grêmio fui vice-artilheiro do Brasileiro e no Cruzeiro, bicampeão regional e disputei a Libertadores. Mas lá quebrei o tornozelo, fiquei fora três meses, e quando voltei mais uma vez fraturei o mesmo lugar, ficando mais três meses fora. Quando voltei fui emprestado ao Vitória, onde tive pouco espaço. Estou aqui para recomeçar e voltar a ser grande com a Ponte, que é um time grande. Aqui vou dar a volta por cima”, afirmou.
Questionado sobre o fato de a Ponte ter vários jogadores disputando posição no ataque, Soares afirmou que a concorrência é estimulante. “É bom demais ter essa disputa, vai ser uma briga sadia. De minha parte vou trabalhar muito forte nos treinamentos, que é onde se conquista a titularidade, mas independentemente de quem quer que seja o titular, todos estão aqui para ajudar o time”, disse.
O jogador contou ainda que começou a carreira cedo, com 16 anos como profissional, e que já disputou a série B pelo Londrina. A imprensa quis saber então se é mais difícil fazer gols na série B no que na A, e o jogador garantiu que não. “Se você está bem posicionado, tem um bom preparo físico e o respaldo dos seus companheiros, a bola chega e você marca. É o que pretendo fazer na Ponte e vou me dedicar muito para marcar gols que ajudem a Ponte a voltar à elite do futebol”, finalizou.
