
A ponte sobre o Rio Atibaia, que liga a Rodovia Dom Pedro I (SP-065) ao distrito de Joaquim Egídio, está totalmente interditada ao tráfego de veículos desde o dia 21 de outubro. O bloqueio, segundo informações da Empresa de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) se deu como medida preventiva adotada em razão da proximidade do período de chuvas, quando os riscos de transbordamentos e possíveis danos à estrutura são maiores.
A interdição atendeu a uma solicitação da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Campinas, em função de recomendação do Ministério Público (MP) com base em estudos desenvolvidos pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), e foi executada pela Emdec, com o apoio da concessionária Rota das Bandeiras.
O fechamento é por tempo indeterminado e segue recomendação de laudo técnico de engenharia apresentado à Secretaria de Infraestrutura. As medidas preventivas sugeridas no laudo começaram a ser adotadas em setembro, quando o peso máximo permitido dos veículos que circulam sobre a ponte foi reduzido de quatro para duas toneladas. Ao longo do período de chuvas, a estrutura será monitorada e a viabilidade de reabertura avaliada.
“O objetivo é garantir a segurança dos usuários da via e evitar acidentes. Ainda que a acessibilidade seja prejudicada durante o período de interdição, a nossa prioridade, neste momento, é preservar a segurança da população”, explicou o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.
Associação de moradores discorda
Representantes da Associação de Moradores e Amigos de Joaquim Egídio (Amaje), contestam, inicialmente, a necessidade de bloqueio da ponte e apontam que essa decisão prejudica os moradores do distrito, em boa parte. “Além do congestionamento que causa na área central de Joaquim Egídio, o comércio do distrito tem registrado queda expressiva”, diz Carlos Mercadante, presidente da Amaje. Ele destaca, ainda, que com o bloqueio, o acesso ao distrito ficou entre e 15 e 18 km mais longo.
Segundo Mercadante, já foram feitas reuniões sobre o assunto entre a Amaje e o Ministério Público (MP). “Se, de fato, ela apresenta riscos, que uma nova ponte seja construída de imediato. É isso que levamos ao MP. O que não pode é a atual ficar bloqueada gerando prejuízos aos moradores e visitantes de Joaquim” ressalta.
O presidente afirmou, também, a disposição da Associação em apresentar Laudo de Contestação relacionado ao fechamento da ponte. “Temos conosco um engenheiro que estuda o caso, para que seja esclarecida a necessidade de interdição ou, então a construção de nova ponte”, finalizou.
Rota alternativa
Enquanto a ponte estiver interditada, a
circulação de entrada e saída do município, na região, passa a ser feita exclusivamente pelo distrito de Sousas. A Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão (CAM-127), na altura do km 122 da Rodovia D. Pedro I, onde a ponte está localizada, foi devidamente sinalizada quanto ao bloqueio total do equipamento.
A região impactada pela interdição apresenta baixa densidade populacional e baixo volume de tráfego. Os moradores do entorno da ponte deverão se deslocar pelo distrito de Joaquim Egídio. Nesse caso, a rota abrange a Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão e a Rua Valentim dos Santos Carvalho, até chegar á Rodovia José Bonifácio Coutinho Nogueira (SP-81), que liga os distritos de Joaquim Egídio e de Sousas.
Para os usuários que trafegam pela pista Norte (sentido Anhanguera) da Rodovia D. Pedro I ou pela Rodovia dos Agricultores, a orientação da concessionária Rota das Bandeiras é que sigam até o km 127 e utilizem a saída 127A para acessar o distrito de Sousas.
Já o motorista que trafega pela pista Sul (sentido Jacareí) da D. Pedro I ou pela pista Norte (sentido D. Pedro) do Anel Viário Magalhães Teixeira (SP-083) deverá usar a alça de retorno no km 126 da rodovia D. Pedro I e, na sequência, seguir até a saída 127A para o acesso a Sousas.