Decisão do TRF-3 atende pedido da Polícia Federal na operação Copia e Cola, que investiga fraudes em contratos emergenciais e desvio de R$ 6,5 milhões
Por Sandra Venancio
Sorocaba (SP) – O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) foi afastado do cargo nesta quinta-feira (6) por decisão da Justiça Federal, após pedido da Polícia Federal, no âmbito da segunda fase da Operação Copia e Cola. A investigação apura irregularidades e desvios de recursos públicos em contratos emergenciais da área da saúde firmados pela Prefeitura de Sorocaba.
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Segundo informações obtidas pelo UOL, a PF apura a contratação de uma organização social sem fins lucrativos, suspeita de participar de um esquema de fraudes e superfaturamento em serviços hospitalares. A Justiça determinou, além do afastamento do prefeito, o sequestro de bens e bloqueio de patrimônio de investigados, que somam cerca de R$ 6,5 milhões.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). A identidade dos presos não foi divulgada. Entre as medidas cautelares estão também suspensão de função pública e proibição de contato entre os investigados.
A primeira fase da operação, realizada em 10 de abril, já havia identificado indícios de fraudes em contratos e desvio de verbas da saúde pública, o que levou a PF a ampliar o alcance da apuração, incluindo novas empresas e servidores municipais.
De Brasília, onde cumpre agenda política, Manga publicou um vídeo nas redes sociais dizendo ser vítima de perseguição.
“Os caras tentam tirar do jogo qualquer um que ameaça a candidatura deles. Ontem fui ao Palácio da Justiça pedir que o Exército fosse para as ruas, e agora fazem isso comigo”, afirmou o prefeito.
A Operação Copia e Cola investiga o uso de contratos emergenciais fraudulentos em diferentes cidades do estado de São Paulo, com suspeita de pagamentos irregulares e conluio entre gestores e organizações sociais.
O afastamento de Manga ocorre a menos de um ano das eleições municipais e abre uma nova crise política em Sorocaba, cidade que vinha sendo apontada como base de expansão do Republicanos no interior paulista.




