Obra vai abrigar piscinão com capacidade para 120 milhões de litros de água e busca prevenir alagamentos na região
Foto Carlos Bassan/PMC
Escondido por tapumes e contenções, um dos maiores projetos de infraestrutura urbana em andamento em Campinas avança sob a Praça Paranapanema. A Prefeitura segue com as obras do reservatório RP-1, popularmente conhecido como “piscinão”, que terá capacidade para armazenar até 120 milhões de litros de água da chuva.
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O objetivo da obra é reduzir significativamente os impactos das enchentes em bairros próximos, especialmente durante o verão, quando as chuvas são mais intensas. O RP-1 faz parte de um conjunto de reservatórios subterrâneos previstos no Plano Municipal de Drenagem Urbana, e está localizado em uma área estratégica para o controle do escoamento hídrico.
Atualmente, os trabalhadores atuam na escavação e na instalação das fundações, que exigem poços profundos e grandes estruturas de concreto. Técnicos explicam que o reservatório funcionará como uma bacia de retenção: nos momentos de chuva forte, ele armazena temporariamente a água, liberando-a de forma controlada para evitar o transbordamento de córregos e galerias.
“O avanço está dentro do cronograma. Estamos executando as etapas subterrâneas com rigor técnico, pois é uma obra que exige precisão e segurança”, informou a Secretaria de Infraestrutura em nota.
Além da função de contenção de cheias, o projeto prevê a recuperação paisagística da Praça Paranapanema após a conclusão das obras. O espaço será reurbanizado e reaberto ao público com melhorias na iluminação, acessibilidade e áreas de convivência.
A previsão é que o RP-1 seja concluído até o final de 2025, com investimentos que somam dezenas de milhões de reais — parte deles oriundos de financiamentos junto ao Governo Federal e a bancos internacionais de desenvolvimento.
Moradores da região acompanham atentos o andamento da obra. “É um transtorno temporário, mas se resolver o problema das enchentes, vale a pena”, diz Vera Lúcia Silva, comerciante local que teve o estabelecimento invadido pela água em anos anteriores.