Medida aprovada na Câmara prevê descontos graduais até R$ 7.350 e busca aliviar classe média e aposentados
Por Sandra Venancio – Foto Marcelo Casal JR/Agencia Brasil
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) a proposta de reforma do Imposto de Renda que promete aumentar a renda disponível de trabalhadores com carteira assinada e aposentados. Se confirmada pelo Senado, a medida entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, garantindo isenção total do IR para quem recebe até R$ 5 mil por mês e descontos graduais para rendas de até R$ 7.350.
Segundo cálculos da Confirp, uma pessoa que ganha R$ 5 mil mensais poderá economizar até R$ 312,89 por mês, o que, somado ao 13º salário, resulta em um alívio significativo ao longo do ano. Para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, o desconto seguirá uma fórmula progressiva: R$ 978,62 menos 0,133145 multiplicado pela renda tributável mensal. Acima de R$ 7.350, não haverá alteração.
A proposta mantém a isenção já vigente para salários de até R$ 3.036 (dois salários mínimos), mas amplia o alcance da política, beneficiando diretamente a classe média, aposentados e trabalhadores de menor renda. O texto ainda estende a regra ao 13º salário, garantindo mais fôlego ao orçamento das famílias no fim do ano.
O projeto, que contou até com apoio de parlamentares bolsonaristas, foi visto como uma pauta de difícil rejeição política, já que pode impulsionar o consumo e aliviar pressões financeiras em meio ao cenário de alta do custo de vida. Para o governo Lula, trata-se de uma das principais bandeiras sociais da atual gestão, com potencial para reforçar sua base de apoio junto à população.
Veja quanto brasileiro ganhará a mais por mês a partir de 2026
- Salários acima de R$ 7.350: não terão mudança.
- Salário de R$ 3.036 (dois mínimos): já isento, sem alteração.
- Salário de R$ 4.000: ganho líquido de cerca de R$ 200.
- Salário de R$ 5.000: ganho líquido de até R$ 312,89.
- Salário de R$ 6.000: ganho aproximado de R$ 180.
- Salário de R$ 7.000: ganho aproximado de R$ 50