
A segurança é um dos fatores que mais preocupam os brasileiros. Em 2016,
pela primeira vez na história, o número de homicídios no Brasil superou a casa dos 60 mil em um ano, revela o Atlas da Violência de 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Naquele ano, 62.517 assassinatos foram cometidos no país, fato que coloca o Brasil em um patamar 30 vezes maior do que o da Europa. Só na última década, 553 mil brasileiros perderam a vida por morte violenta. Ou seja, um total de 153 mortes por dia.
Combater a violência não é trabalho fácil. Policiais colocam suas vidas em risco todos os dias para receberem cerca de três salários mínimos por mês (um PM que começa a trabalhar hoje na corporação recebe R$ 3.049) em busca da defesa da sociedade, diante de bandidos cada vez mais armados. Só nos quatro primeiros meses deste ano, 37 policiais militares foram mortos em São Paulo. O número é bem próximo ao do Rio de Janeiro, Estado que se encontra sob intervenção federal na Segurança Pública, que teve 42 mortes.
Defender o cidadão é uma obrigação do Estado, assim como zelar pela integridade destes profissionais que tanto auxiliam a população nos momentos difíceis. Contudo, não se pode esquecer que, neste momento conturbado da economia, a gestão dos recursos públicos também sofre interferência. A melhor alternativa para combater esta realidade é unir esforços, ou seja, iniciativa privada e governos juntos em prol da segurança de todos.
eto