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segunda-feira, julho 7, 2025

Servidores da Justiça e da Segurança tomam as ruas de Porto Alegre por reposição

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Outras categorias das forças de segurança também se somaram à manifestação dos policiais diante do Palácio Piratini. Representantes da Amapergs, sindicato que representa os agentes penitenciários, também reivindicaram reajuste salarial. Foto SINTRAJUFE-RS E LUIZA CASTRO/SUL21

 

 

Mais de 4 mil servidores e servidoras do sistema de Justiça do Rio Grande do Sul (Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública) e da Polícia Civil realizaram nesta terça-feira (22) um ato gigante em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. As categorias, além de pautas específicas, exigiram que o governador Eduardo Leite (PSDB) abra negociação para discutir a reposição salarial.

Grande parte do funcionalismo público do Estado está sem reajuste salarial há oito anos, desde que o governador José Ivo Sartori (MDB) iniciou uma política de ajuste fiscal.

Uma grande manifestação foi liderada pelos policiais civis, que realizaram uma assembleia coletiva dos sindicatos e associações que representam agentes, comissários e delegados no Palácio da Política no início da tarde. Eles aprovaram um indicativo de greve para o caso das negociações com o governo do Estado não avançarem.

Depois, eles saíram em marcha até o Palácio Piratini, onde entregaram uma carta de reivindicações a representantes do governo tucano.

“O foco é a reposição salarial, pelo menos as perdas acumuladas desde o início do governo Eduardo Leite, que chegam a 23%”, disse Fábio Castro, vice-presidente da Ugeirm, sindicato que representa os agentes da Polícia Civil.

Outras categorias das forças de segurança também se somaram à manifestação dos policiais diante do Palácio Piratini. Representantes da Amapergs, sindicato que representa os agentes penitenciários, também reivindicaram reajuste salarial.

“Os servidores penitenciários nunca pararam e estiveram na linha de frente ao longo da pandemia de coronavírus. Nada mais justo que sejam ouvidos e valorizados”, disse Saulo Felipe Basso dos Santos.

O Sintrajufe-RS e outras categorias do serviço público federal também estiveram na mobilização, que faz parte do calendário unificado da Frente de Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (FSP-RS).

Os servidores e as servidoras federais lutam pela recomposição emergencial de 19,99%, referente às perdas de 2019 a 2021. O governo Bolsonaro ainda não respondeu à pauta de reivindicações unificada entregue em janeiro.

Paralelamente ao ato promovido por servidores das forças de segurança, a União dos Trabalhadores do Sistema de Justiça do RS também promoveu uma assembleia geral e um ato unificado nesta terça para cobrar reposição salarial para as categorias, que estão sem reajuste há oito anos e calculam que as perdas ante a inflação já acumulam 53% no período.

A União pede um reajuste mínimo de 10,06%, que é o equivalente à inflação acumulada apenas no último ano.

O Sindjus também protocolou um ofício no Tribunal de Justiça, pedindo a revisão da matriz salarial e uma mesa de negociação permanente para poder debater como recuperar as perdas salariais desse período.

O sindicato pretende ainda protocolar junto à Casa Civil um estudo feito pela assessoria econômica da entidade que aponta que há margem nas contas públicos para a concessão de um reajuste linear de 10,06% para todos os servidores estaduais.

“O Sindjus, há mais de um mês, vem tentando um diálogo com a Casa Civil. Não conseguimos obter esse diálogo, temos estudos indicando que é possível que o governador remeta um projeto de lei com um índice maior do que os 5,53% ofertados, que há margem fiscal e orçamentária para isso sem nenhum prejuízo às contas do Estado, mas o governador parece que está intransigente nesse aspecto, quer enviar esse índice sem ouvir as entidades”, explica Fabiano Zalazar, coordenador-geral do Sindjus.

Segundo os sindicatos presentes na mobilização, a informação que as entidades têm no momento é de que o governo irá propor um reajuste de cerca de 5,53%, o que é equivalente ao concedido para o salário mínimo regional e aprovado pela Assembleia Legislativa em novembro de 2021.

 

Dia 1 de abril: ato unificado de campanha salarial

O ato público de servidores e servidoras do serviço público estadual foi um dos maiores realizados em Porto Alegre nos últimos anos e deve reforçar ainda mais o ânimo para a próxima grande atividade de mobilização.

Dia 1º de abril, às 10h, será realizado o ato unificado das três esferas, com saída do Instituto de Educação (Av. Osvaldo Aranha, 527). O local e a data foram escolhidos para garantir a participação das delegações do Congresso Nacional do Andes em Porto Alegre. Também nesse dia ocorre a assembleia geral do CPERS Sindicato.

Só com unidade e mobilização será possível arrancar uma proposta de reposição para quem não se cansa de trabalhar para garantir os serviços públicos para a população.

Fonte CUT

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