A maior festa da língua francesa no mundo, a Francofonia – realizada anualmente em março -, é celebrada pela Aliança Francesa Campinas com música e literatura. Depois de rodar o mundo, o baterista Stéphane San Juan apresenta suas influências rítmicas e sonoras no primeiro álbum solo, “Système de son”, no Sesc Campinas (parceiro neste show), no dia 20 de março (sexta-feira), às 20h. Neste trabalho, o autor se lança como cantor e compositor.
Os contos franceses serão relatados pela contadora de histórias Muriel Bloch, em apresentação na Livraria Cultura, em Campinas, no dia 25 de março (terça-feira), às 19h. Os relatos serão em francês e não haverá tradução. Muriel será acompanhada pelo violonista, percussionista e cantor João Mota, de Guiné-Bissau.
Ambas as atividades têm entrada franca. A programação completa da Francofonia pode ser conferida no site afcampinas.com.br.
A originalidade de Stéphane San Juan
O deslocamento, a vocação para a mistura, a África e a Europa, o ouvido e as baquetas curiosos definem Stéphane San Juan — músico que já tocou com a dupla do Mali Amadou & Mariam, Adriana Calcanhotto, Orquestra Imperial, saxofonista britânico Andy Shepard, Vanessa da Mata, Zélia Duncan, Tulipa Ruiz, +2 com Moreno Veloso, Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Bebel Gilberto,Maria Gadu, Jorge Mautner, entre outros.
Há 12 anos radicado no Rio de Janeiro, Stéphane San Juan morou em Montpellier onde estudou a bateria e as percussões e começou a tocar e gravar com artistas locais como Géneral Alcazar e Black and White Gospel Singers.
Em 2009, para o ano da França no Brasil, Stéphane conceituou e realizou em São Paulo os shows “Gainsbourg Imperial” em homenagem ao Serge Gainsbourg, com a Orquestra Imperial dirigida pelo maestro francês Jean-Claude Vannier, e com as participações de Jane Birkin e Caetano Veloso. O concerto ganhou o prêmio “Bravo” de melhor show do ano.
Os contos de Muriel Bloch
Muriel Bloch é contadora de histórias desde 1979. Seu repertório inclui contos, mitos e textos literários originários dos cinco continentes, direcionados a públicos de todas as idades.
Seu repertório conta com mais de mil narrativas que ela adapta em função da demanda, do lugar, do momento e do seu público. As apresentações geralmente são acompanhadas por música ao vivo.
Muriel Bloch publicou dezenas de álbuns, romances, CDs e ensaios centrados no conto, como o “La sagesse de la conteuse” ed. J.CBéhar.
Há três anos, é acompanhada pelo violonista, percussionista e cantor João Mota, de Guiné-Bissau, presente igualmente na companhia da cantora beninesa Angélique Kidjo há 20 anos.
Muriel Bloch também conduz regularmente ateliês centrados em seu repertório. Em Paris, acontecem todo mês no espaço Frans Krajcberg, em Montparnasse. Seus ateliês, com contos que exaltam lugares do Brasil e da França, são uma homenagem ao artista nascido na Europa e naturalizado brasileiro, que dá nome ao espaço.
Além disso, ela conta histórias através da associação “Lutherie Urbaine”, lugar de criação de instrumentos musicais a partir de materiais recicláveis.
Em 2014, criou o espetáculo “Quasinemo Land”, com imagens animadas e musicais.
Também em 2014, João Mota e Muriel Bloch gravaram o CD “Dans le ventre d’Anansi”, sobre a famosa aranha presente em lendas africanas, para a editora francesa de contos Ouidire.
Muriel Bloch já esteve no Brasil para uma turnê em 2004, no teatro da Aliança Francesa de São Paulo, Brasília e no SESC do Rio para contar, através da música, o mito afro-cubano “Cocozumba”. No ano seguinte, participou de eventos do ano da França no Brasil, a convite dos contadores do Rio de Janeiro.
Stéphane San Juan em “Système de son”
Quando: 20 de março (sexta-feira)
Horário: 20h
Onde: Teatro Sesc Campinas (Rua Dom José I, 270/333. Bonfim. Campinas)
Entrada gratuita
