O secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, e o professor Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/USP), apresentaram hoje (17), no Palácio dos Bandeirantes, o Termômetro Nacional do Emprego (www.termometrodoemprego.sp.gov.br) – uma ferramenta online que calcula a chance de colocação no mercado de trabalho para quem está desempregado.
Também participaram da cerimônia o secretário estadual de Comunicação, Bruno Caetano, e o diretor presidente Fipe, Carlos Antonio Luque.
“O Termômetro Nacional do Emprego mede a temperatura do mercado de trabalho. As informações produzidas pelos institutos de pesquisa são, em geral, divulgadas num formato sem utilidade direta para o cidadão – que não consegue processá-las. Rompendo com essa tradição, o Termômetro decodifica essas estatísticas para o cidadão”, explicou o secretário Guilherme Afif.
Trabalhadores de todo o País podem utilizar o Termômetro Nacional do Emprego, que indica a chance de o candidato conseguir trabalho em uma das seguintes regiões metropolitanas: São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte.
“Embora feito em São Paulo, o Termômetro traz dados de todas as regiões metropolitanas do País – por isso é tão importante para o Brasil”, ressaltou Guilherme Afif.
O cálculo do Termômetro tem como base dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ferramenta também indica remuneração e duração médias esperadas do novo trabalho – com e sem carteira assinada. Se for com carteira, os valores são informados de acordo com o ramo de atividade (indústria, comércio, construção e serviços).
“Por traçar a realidade do mercado de trabalho e representar a democratização da informação sobre esse mercado, o Termômetro é uma forma de auxiliar o trabalhador na tomada de decisões na busca de emprego”, afirmou o professor Hélio Zylberstajn. Ele revelou que construir o Termômetro foi um desafio interessante e que, ao criar esse novo indicador, a SERT e a FIPE pensaram diretamente no usuário, que é o cidadão comum – por isso a ferramenta é de fácil acesso. “Fazemos perguntas ao desempregado e projetamos a probabilidade de ele conseguir trabalho. Com uma consulta simples, ele recebe um número – que é uma informação valiosa para quem esta à procura de emprego”, resumiu o professor.
O secretário de Comunicação, Bruno Caetano, lembrou que o Governo de São Paulo tem apostado em novas tecnologias na área de emprego. “O Termômetro é um exemplo, ao lado do Emprega São Paulo – que democratiza de forma gratuita a intermediação de mão de obra”.
“No Brasil são comuns questionamentos sobre iniciativas do setor público. A SERT dá exemplo de ações que procuram qualificar e racionalizar gastos, o que frutifica a geração de emprego com qualificação”, disse o diretor presidente da FIPE, Carlos Antonio Luque.
Como usar
Para utilizar o Termômetro, o usuário deve acessar o site www.termometrodoemprego.sp.gov.br e informar os seguintes dados: nome ou apelido; idade; sexo; cor/raça; escolaridade; estado civil; se tem filho com menos de seis anos de idade; total de moradores no domicílio; renda familiar; se é responsável pelo domicílio; se já trabalhou; há quanto tempo procura trabalho; quantas horas semanais está disposto a dedicar ao novo trabalho; e em qual das seis regiões metropolitanas quer fazer a pesquisa.
Fator
O Termômetro Nacional do Emprego oferece ao usuário um resultado na forma de um número: o FATOR do candidato ao trabalho, que vai de 0 (zero) a 100 (cem) e indica as chances de sucesso – a probabilidade de conseguir um trabalho.
Por exemplo: se o fator do usuário for 19, significa que de cada 100 pessoas com perfil parecido com o dele e que também procuram uma vaga, 19 delas obtêm sucesso. Ou seja: o usuário do Termômetro tem 19% de chance de conseguir um trabalho – isso em até 30 dias. Outros dois fatores são informados, para duas situações: 1) se a procura durar 60 dias; 2) se a procura durar 90 dias.
“Como a chance depende da persistência do candidato, o fator cresce conforme aumenta, também, a duração do período de procura. Assim, o interessado fica sabendo de quanto suas chances aumentam se for mais persistente”, ressalta o professor Hélio Zylberstajn.
Além do fator do candidato, o Termômetro também informa o FATOR MÉDIO NACIONAL e o FATOR MÉDIO REGIONAL. O primeiro é o fator (chance de sucesso) do conjunto de todos os cidadãos desempregados das seis regiões metropolitanas analisadas. Já o fator médio regional representa as chances de sucesso do conjunto dos desempregados de determinada região metropolitana (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte).
Assim, comparando o seu próprio fator com os fatores médio nacional e regional, o cidadão é informado se tem mais ou menos chances que os demais candidatos.
Como o fator é calculado
O fator é calculado sempre pela última Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo IBGE – feita nas regiões metropolitanas de São Paulo, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Os últimos dados disponibilizados hoje são de setembro.
O Termômetro utiliza os dados da PME do IBGE acumulados desde 2002. Com base nestes números, projeta as chances de sucesso na busca de trabalho para os próximos 30, 60 e 90 dias. É um cálculo que representa as chances médias do grupo representado pelo indivíduo que faz a consulta. As chances efetivas de cada cidadão podem ser afetadas para mais ou para menos pelas suas características específicas não captadas na consulta.