Tucano suspeita de superfaturamento nos contratos da Prefeitura
A base governista do prefeito Jonas rejeitou os cinco requerimentos feitos pelo vereador Artur Orsi (PSDB) para convocação dos secretários municipais, Mário Orlando e Sílvio Bernardin. A razão dos cinco protocolos foi com o objetivo de pedir explicações dos secretários sobre os reajustes dos contratos de aluguel de máquinas, pois há uma suspeita de superfaturamento. Segundo ele, o preço chegou a dobrar em relação aos aluguéis pagos no ano passado, cujo contrato era de R$ 10 milhões, e em 2015 o custo saltou para R$ 56,7 milhões.
O que mais chamou a atenção do tucano foi o custo da hora-máquina de locação do trator de esteira com lâmina, que passo de R$ 112,30/hora para R$ 255,19/hora – um reajuste de 127,2%. A hora da retro escavadeira também aumento assustadoramente passando de R$ 50,35/hora para R$ 100,93/hora, representando um reajustes de 100,4% e 90,6% com as contratadas. O custo do caminhão basculante aumentou em 71,3% e o valor cobrado de a aluguel ficou na ordem de R$ 63,89/hora para R$ 109,47/hora. Já o caminhão truck saiu de R$ 109,99 para R$ 180,18 – reajuste de 63,8%.
Ao apresentar os documentos na tribuna, o vereador fez questão de lembrar que a mesma empresa que prestava serviços o ano passado, não mudou, por isso, Orsi vai pedir ao TCE-SP que audite todos os contratos desta empresa.
Artur Orsi também levantou outra questão em relação ao uso de terreno da Administração Regional 2, no Cambuí, para guardar as máquinas, e a instalação de escritório na AR-2, além dos despejos inadequados de lubrificantes.
Seja lá como for
Há muito que é preciso lembrar qual o papel do vereadores na Câmara Municipal. Naturalmente que é fiscalizar o exercício do mandato do prefeito, assim como todos os que compõe o Executivo. Se na época, o ex-prefeito cassado, Hélio de Oliveira Santos, tivesse sido fiscalizado ao invés de bajulado por alguns edis com interesses políticos, Campinas não precisaria despender tempo, dinheiro e energia para tirar um corrupto do comando de uma cidade como a nossa. A velha história parece se repetir quando sobre as denúncias de Orsi, o vereador Jorge Schneider (PTB) defendeu em tribuna que a Câmara poderia perder a credibilidade se convocasse os secretários, sem que as denúncias de superfaturamento fossem comprovadas. Já outro vereador da base aliada, Paulo Galtério (PSB) também desclassificou os cinco requerimentos de Orsi , como ‘capricho do vereador’.
Trem da Alegria
O vereador Paulo Bufalo (PSOL) usou a tribuna para dizer que jamais irá se furtar de fazer a fiscalização e de ser oposição ao governo Jonas Donizette (PSB). Isso após a Justiça negar o pedido do vereador por ter ido à Justiça tentar suspender os efeitos da lei que autoriza a Prefeitura de Campinas a adotar as OSs (Organizações Sociais) para prestar serviços terceirizados nas áreas de saúde, educação, assistência social.
O vereador também lamentou não ter capacidade jurídica para derrubar o trem da alegria do governo Jonas e impedir que o dinheiro público vai para o ralo.
Dário Saadi no Esportes?
O secretário municipal de Relações Institucionais, Wanderley de Almeida, disse que a ida do partido SDD ao governo Jonas Donizette (PSB) está garantido para o primeiro escalão. Wandão confirmou no nome de Dário Saadi para a pasta da Cultura.
Além do ex-vereador, o partido ainda tem quatro parlamentares na Câmara de Campinas; José Carlos, Cid Ferreira, Jairson Canário e Tico Costa, que já são integrantes da base de governo, mas ainda não abocanharam nenhum assento na gestão jonista.
Ajuda vinda do planalto
O prefeito Jonas Donizette (PSB), de olho nas eleições do ano que vem, vem agradando a todos que ficaram de fora com pacotes de bondade. Para isso, o prefeito começou fazendo algumas mudanças no secretariado.
Um dos primeiros a bailar, foi o ex-petista e agora SDD, Jaírson Canário, que deixou o cargo de secretario na pasta de Trabalho e Renda, para o apadrinhado pelo vice-presidente Michel Temer que negociou o cargo para Arnaldo Salvetti, como moeda de troca de tempo de televisão. Mas o troca troca não para por aí, pois vem mais gente do PMDB que vai levar a Sanasa e EMDEC.
As trocas e negociações fazem parte da estratégia do governo Jonas para derrubar a candidatura de Márcio Pochmann (PT) como concorrente de Jonas no pleito do ano que vem.
funcionários apadrinhados




