O turismo nacional sofreu queda de
54,2% no faturamento de maio em relação ao mesmo período do ano passado. O
setor registrou faturamento de R$ 5,66 bilhões, menor faturamento para o mês da
série histórica, iniciada em 2011, com um prejuízo de R$ 6,7 bilhões em relação
ao mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento do Conselho de
Turismo da FecomercioSP, baseado em números divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Das seis atividades pesquisadas, cinco registraram retração em seu faturamento
real no comparativo anual, com destaque para transporte aéreo (-79,7%) e
serviços de alojamento e alimentação (-61,9%).
De acordo com a FecomercioSP, diferente do varejo que apresentou alguma melhora
em maio, após as baixas de abril, o setor de turismo permanece estagnado. O
segmento de transporte aéreo, por exemplo, continuou operando com 90% a menos
de sua capacidade em maio. Os resultados de junho podem registrar algum avanço,
visto que os voos estão aumentando gradualmente. Contudo, só se espera uma
evolução significativa no último trimestre do ano.
Segundo a presidente do Conselho de Turismo da Federação, Mariana Aldrigui, o
setor de turismo foi o mais afetado pela pandemia, e segue com grande prejuízo
por ser, possivelmente, o último com autorização de funcionamento e, ao mesmo
tempo, o que mais demandará retomada da confiança do consumidor. “O volume de
empresas que não terão condições de sobreviver à crise ainda é incerto, apesar
de toda a criatividade e empenho na busca de soluções temporárias”, explica.
A Entidade recomenda que os empresários se aproximem dos consumidores por meio
das redes sociais, principalmente, do Instagram. Sendo importante informar em
tempo real as medidas sanitárias que estão sendo realizadas, assim como a
disponibilização dos serviços prestados, para despertar interesse nos clientes
em retornarem às viagens.
Sobre a Fecomercio SP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o
desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se
pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora
pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a
vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por
quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.