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sexta-feira, novembro 22, 2024

Vereadora faz escândalo, no Centro de Saúde de Sousas

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Após episódio funcionários vem sofrendo ameaças dos usuários

A vereadora Debora Palermo (PL), causou aos funcionários do Centro de Saúde de Sousas um grande constrangimento, expondo-os nas redes sociais.

Ela esteve no local e gravou um vídeo, xingando a coordenadora e outros funcionários do CSS. Ela também foi abrindo portas, onde pacientes estavam sendo atendidos pelos médicos.

O fato aconteceu no dia 28 de maio e causou revolta e indignação dos Conselheiros de Saúde, pois por diversas vezes, a vereadora foi notificada da falta de médicos e outras demandas no atendimento aos usuários.

Segundo os conselheiros, em reunião mensal, ocorrida no dia 6 de junho, uma semana após o incidente, os conselheiros relataram que a vereadora tinha conhecimento sim, da falta de médico e a demora no atendimento, por falta de funcionários na recepção. Eles também estranharam a reação da vereadora, que ciente dos fatos só foi tomar providências seis meses antes das eleições.

De acordo com a conselheira Silvia Cordeiro, a vereadora tinha porta aberta no Centro de Saúde. “Eu mesma liguei diversas vezes para ela quando tínhamos uma demanda para resolver. Essa atitude dela foi desrespeitosa com os usuários, estudantes e conselheiros. O que ela fez foi totalmente errado e as questões levantadas por ela, são só mentiras”, conta Silvia.

Os conselheiros vão agora procurar uma promotora, que se prontificou a ajudar na montagem da peça processual contra a vereadora.

“Ela não pode prejudicar o nosso trabalho fazer a gente passar por palhaço! Somos todos voluntários aqui e nos dedicamos para ajudar no CSS. Colocar a população contra os profissionais de saúde é muito sério e gera violência”, diz o conselheiro Maurício de Godoy.

Os conselheiros também redigiram uma carta de repúdio e encaminhada ao presidente da Câmara Municipal de Campinas para ciência e providências. A pedidos dos conselheiros, o vereador Paulo Búfalo leu durante a sessão, o manifesto de repúdio dos conselheiros.

Na reunião, a coordenadora anunciou que abriu processo interno administrativo comunicando o fato à Secretaria de Saúde e pedindo providências em relação ao ocorrido.

Na oportunidade, uma funcionária do CSS, comentou que a postura da vereadora causou, além da exposição e constrangimento dos profissionais, uma ameaça grave a integridade física dos trabalhadores de saúde. Segundo ela, depois do episódio, os usuários se acham no direito de ameaça-los, caso não fiquem satisfeitos com o atendimento. “Isso aqui virou um caos! ”, conta.

 “O que ela fez foi ridículo”, falou a técnica de enfermagem Marta Nogueira, que há 11 anos trabalha no Centro de Saúde. Segundo relatos dela na reunião dos conselheiros, naquele dia, a vereadora conseguiu estragar o plantão e essa atitude irresponsável está se refletindo até hoje. “Quando ela diz que a médica de plantão não estava, ela não sabe o que está falando. Porque ela é uma funcionária exemplar e se dedica muito no atendimento do CS. Estou indignada! ”, lamenta Marta.

“O que ela fez com a gente é desmotivante e fiquei muito triste. Eu amo trabalhar aqui, e não aceito, as mentiras que ela falou. Além de instigar os pacientes à violência, ela ofendeu a nossa coordenadora, que além de exercer sua função, também atua no atendimento dos pacientes como enfermeira”, relata.

“O que me deixa indignado é que ela esteve abraçada e andou junto com o prefeito Dario Saadi, por três anos e meio, e nada fez para mudar o quadro. Quem é o responsável pela administração do CS é o prefeito, não os funcionários. Abraça e depois joga na fogueira? ”, disse o usuário Antônio Maya.

Já a usuária Nildes do Nascimento, disse que ficou muito feio para a vereadora. “Dario faz praças e deixa de pagar a saúde! Deixa de investir na vida humana e esquece a vida!”, argumentou.

A conselheira Silvia Cordeiro, pediu em reunião do CONSEG reforços da Polícia Militar e GM  para garantir a ordem e a segurança dos funcionários do CSS.

A vereadora rebateu as críticas do manifesto emitido pelos conselheiros. “O Conselho é um órgão que deveria fiscalizar e exigir atendimento digno para os moradores, prefere emitir uma nota de repúdio contra a minha pessoa”, disse.

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