Um público bastante incomum quando se pensa em consumidor anda chamando a atenção dos empresários brasileiros, o idoso. De fato, trata-se de uma grande ‘fatia’ da população. Atualmente, 13% das pessoas residentes nas 29 maiores nações têm mais de 65 anos, em 2030 esse índice chegará a 23%.
No Brasil são cerca de 18,5 milhões de pessoas com idade acima dos 60 anos, representando 10,5% da população, revelam dados do IBGE, os números reforçam o potencial de consumo dessa faixa estaria. Com um potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões e tendências de crescimento populacional, algumas empresas já estudam como lidar com esse público e buscam novas oportunidades de negócio.
Empresas especializadas em cuidar da melhor idade já acompanham a correria da vida moderna e se adaptam às necessidades do mercado. O Centro de Cuidadores Maranata (Cema) é um exemplo. Há três anos no mercado, a organização é especializada em diferentes serviços para o público idoso, entre eles o de Home Care, ou seja, Cuidadores, serviço que dispõe até de diferentes planos como os planos de saúde, além dos cursos na área da saúde. Somente este ano, o Cema teve um crescimento no faturamento de cerca de 20%, abriu uma filial no litoral paulista, em São Vicente, região carente de serviços para terceira idade e acaba de implementar duas franquias no interior de São Paulo.
“Baseamo-nos no método utilizado pelo Kumon de ensino. O valor para ser tornar um franqueado é muito acessível por volta de um mil reais, se o trabalho for levado a sério em cerca de seis meses pode atingir um faturamento de R$ 10 mil mensais. O empreendedor não precisa ser formado na área da saúde, só precisará ter uma enfermeira padrão para acompanhar o tratamento dedicado aos pacientes. Oferecemos todo o treinamento, as apostilas dos cursos e suporte ao empreendedor, afirma a sócia-diretora do Cema, Maria Cristina Cagnin.
Os empresários que pretendem investir no setor devem ter em mente que além do grande número de consumidores diretos, os serviços devem chamar a atenção e obter a confiança dos compradores indiretos, ou seja, dos familiares dos idosos. Os segmentos que mais devem investir neste público são o de turismo (80% do faturamento das agências americanas provém da terceira idade), convênios médicos, indústria farmacêutica e serviços financeiros e de saúde. Mas o alcance desse importante mercado é muito mais abrangente, podendo ser explorado por inúmeros segmentos da indústria.