Carlos Roberto Ferreira Lopes é acusado de inconsistências durante sessão no Senado; caso se soma a investigações da PF e da CGU sobre descontos ilegais em aposentadorias
Por Sandra Venancio – Foto Carlos Moura/Agência Senado
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), decretou nesta terça-feira (30) a prisão em flagrante de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). A decisão foi tomada após mais de sete horas de depoimento no Senado Federal, marcado por contradições e omissões apontadas por parlamentares.
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A medida ocorre em meio às investigações sobre descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS, que resultaram na abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e na Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril. A ofensiva levou à queda do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
De acordo com a PF, pelo menos 38 reportagens publicadas pelo portal Metrópoles subsidiaram as investigações e foram citadas na representação que originou a operação. A Controladoria-Geral da União (CGU) também acompanha o caso.
Esta é a segunda prisão em flagrante decretada pelo presidente da CPMI desde o início dos trabalhos da comissão, que apura um esquema de cobranças ilegais sobre benefícios previdenciários. Parlamentares de diferentes partidos defenderam a detenção imediata de Lopes, sob alegação de falso testemunho.
A defesa do dirigente sindical não se pronunciou até o fechamento desta edição. A CPMI seguirá com oitivas de dirigentes de entidades suspeitas de envolvimento no esquema nos próximos dias.