Partida desta terça-feira será teste final para atletas observados por Carlo Ancelotti antes da definição da base que disputará o Mundial de 2026
Por Sandra Venancio – Foto Rafael Ribeiro/CBF/Via Fotos Públicas
Tóquio — Oficialmente, o duelo entre Brasil e Japão, às 7h30 (de Brasília) desta terça-feira, é apenas mais um amistoso na data Fifa. Na prática, porém, o confronto ganhou ares de decisão para parte dos jogadores que buscam garantir um lugar no elenco que disputará a Copa do Mundo de 2026.
>> Siga o canal do Jornal Local no WhatsApp
Após a goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, o técnico Carlo Ancelotti promoverá até oito mudanças na escalação. Segundo informações do GE, o Brasil deve começar com Hugo Souza; Paulo Henrique, Fabrício Bruno, Lucas Beraldo e Carlos Augusto; Casemiro, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique, Vini Júnior e Gabriel Martinelli.
A manutenção de apenas três titulares da partida anterior — Casemiro, Bruno Guimarães e Vini Jr. — revela a intenção do treinador de observar novos nomes. Com o calendário apertado e poucos compromissos até a convocação final, o amistoso em Tóquio se torna um divisor de águas.
Ancelotti deixou claro que este é o último período de testes antes de consolidar a equipe:
— “Até novembro poderemos experimentar algumas coisas, dar oportunidades a outros jogadores. A data Fifa de março pode ser a lista que vai jogar a Copa do Mundo”, disse o técnico italiano.
Entre os que jogam por uma vaga, Hugo Souza disputa posição com Bento, que saiu na frente na hierarquia dos goleiros. Nas laterais, Paulo Henrique e Vitinho ganham atenção especial. Ambos foram chamados após cortes de Vanderson e Wesley e têm pouco tempo para convencer a comissão técnica. Vitinho agradou contra a Coreia do Sul; agora é a vez de Paulo Henrique mostrar serviço diante dos japoneses.
Na lateral esquerda, Carlos Augusto começa como titular, enquanto Douglas Santos, que iniciou a última partida, ficará no banco. A disputa segue aberta e pode definir quem será o reserva imediato de Guilherme Arana, favorito à titularidade na Copa.
Depois do amistoso no Japão, a seleção só volta a se reunir em novembro, para enfrentar Senegal e Tunísia, em Londres e Paris. A última data Fifa antes da definição da base do time será em março de 2026, quando Ancelotti pretende apresentar um grupo praticamente fechado.
Para alguns atletas, o jogo em Tóquio pode significar a última chance de vestir a camisa da seleção antes da lista definitiva. No placar, pode valer pouco. Mas, para quem entra em campo, o amistoso é tudo — talvez o passaporte final rumo ao Mundial.