Petista vence em todas as simulações de segundo turno e mantém dianteira sobre Bolsonaro, Michelle e Tarcísio, segundo sondagem nacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com liderança consolidada na disputa presidencial de 2026, conforme levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (11). O estudo, realizado entre os dias 6 e 10 de novembro com 2.020 entrevistas presenciais em todo o país, mostra o petista à frente tanto na disputa espontânea quanto na estimulada, além de vencer todos os confrontos de segundo turno.
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No cenário principal de primeiro turno, Lula tem 35,6% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 32,1%, apesar de o ex-presidente estar inelegível e condenado por tentativa de golpe de Estado. Em seguida aparecem Ciro Gomes (PSDB), com 8,2%; Ratinho Junior (PSD), com 6,9%; e Ronaldo Caiado (União), com 3,2%.

Quando Michelle Bolsonaro é testada no lugar do marido, Lula sobe para 36%, enquanto ela alcança 26%. Já Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado o principal nome do bolsonarismo, tem 23,2%, mostrando queda acentuada em relação a levantamentos anteriores.
A pesquisa também indica que a tentativa da extrema direita de explorar politicamente a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro — que deixou 121 mortos — não trouxe ganhos eleitorais. O discurso de “guerra contra o crime”, amplificado nas redes por aliados de Bolsonaro, perdeu tração e não impactou positivamente as intenções de voto da oposição.
Nos cenários de segundo turno, Lula vence todos os adversários testados:
- 43% x 41,8% contra Tarcísio de Freitas;
- 45,4% x 38,6% contra Flávio Bolsonaro (PL);
- 43% x 42,7% contra Michelle Bolsonaro;
- 43,7% x 43,1% contra Jair Bolsonaro — vantagem estreita, porém dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Os números reforçam a avaliação de que Tarcísio perdeu fôlego e enfrenta um teto mais baixo do que o esperado, marcado por crises de segurança pública e atritos com o governo federal. Michelle, por outro lado, desponta como a principal aposta da extrema direita, com algum apelo entre mulheres conservadoras e eleitores religiosos.
Regionalmente, Lula mantém hegemonia no Nordeste (49,9%), enquanto a oposição lidera no Sul, sobretudo entre eleitores de renda e escolaridade mais altas — segmentos nos quais o presidente ainda conserva desempenho competitivo.




