Deputado do PT afirma ter reagido após ser ameaçado no trânsito; vídeo mostra agressões mútuas. Assembleia vai analisar cinco representações por quebra de decoro. Circunstâncias do confronto ainda levantam dúvidas
O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) afirmou ter agido em legítima defesa após se envolver em uma briga no Centro de Curitiba, registrada em vídeos que viralizaram nesta quarta-feira (19). Freitas, que teve o nariz quebrado, diz ter sido provocado por um motorista que teria avançado com o carro contra ele. O caso será analisado pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná.
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As imagens que circularam nas redes sociais mostram Freitas discutindo com um homem vestindo camiseta preta. O parlamentar — de camiseta amarela — aparece pedindo que o homem “se afaste”, mas o indivíduo se aproxima. A situação evolui rapidamente: Freitas empurra o homem, é atingido no rosto e revida com dois chutes na perna. O vídeo termina quando pessoas que passavam pelo local interferem.

O homem que aparece nas gravações não foi identificado até o momento. O g1 tenta contato com sua defesa.
Segundo relato do próprio deputado, a briga teria começado minutos antes, ainda no trânsito. Freitas estava a caminho de uma consulta médica quando, segundo ele, um motorista jogou o carro contra seu corpo: “Não para acertar, mas para impor medo”, afirmou em vídeo publicado em suas redes sociais. Após o gesto, o motorista teria parado o veículo, descido e passado a filmá-lo. O parlamentar afirma não conhecer o agressor, mas suspeita de motivação ideológica.
Freitas declarou que fará boletim de ocorrência pelas agressões sofridas. Ele foi atendido por médicos e teve fratura no nariz confirmada. Testemunhas, no entanto, não souberam informar para onde o outro envolvido foi após a confusão.
Declaração de Freitas
Em pronunciamento publicado nas redes, o deputado disse:
“Como cidadão e como deputado, reagi a uma injusta agressão. Agi nos conformes dos ditames legais.”
Ele ainda afirmou que não se coloca como vítima, mas como alguém que “sobreviveu a uma violência gratuita”, e fez referências ao ambiente hostil que, segundo ele, permeia Curitiba.




