Após entrar na lista de procurados da Interpol, Maluf diz confiar na justiça americana
Segundo nota divulgada à imprensa, o deputado federal e ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf (PP-SP), e seu filho Flávio Maluf decidiram processar o promotor de Nova York, Robert Morgenthau, que os acusou de terem participado de esquemas de superfaturamentos e arrecadação de propina.
A nota divulgada pelo ex-prefeito afirma que a inclusão do seu nome e duas fotos na difusão vermelha da Interpol por solicitação dos Estados Unidos foi uma decisão “arbitrária e não condizente com o que rege o Direito Internacional e a soberania das nações livres”. Maluf foi denunciado pela promotoria americana como beneficiário da conta Chanani, para a qual realizou remessas que somam US$ 11,68 milhões, entre janeiro e agosto de 1998.
A investigação apontou que a conta era utilizada para a transferência de fundos para contas das Ilhas Jersey, paraíso fiscal no Canal da Mancha. Parte do dinheiro seria usada para o pagamento de campanhas eleitorais.
Na nota, Maluf afirma que a inclusão de seu nome na lista da Interpol é uma “vingança” por ter apresentado na Câmara dos Deputados o projeto de lei 265/07, que responsabiliza pessoalmente e com previsão de pagamento de indenização o integrante do Ministério Público que supostamente agir de forma política. O deputado disse confiar “na Justiça americana e na soberania brasileira para impedir tamanha violência contra cidadãos e o Congresso brasileiro”. Maluf é processado pelo Ministério Público e segue na lista da Interpol, podendo ser preso em 188 países se deixar o Brasil.