O mercado farmacêutico global irá dobrar de tamanho em valor, atingindo US$ 1,3 trilhão em 2020, de acordo com o relatório sobre o futuro da indústria divulgado pela PricewaterhouseCoopers. A expansão se deve ao aumento da demanda mundial por medicamentos e tratamentos preventivos à medida que a população mundial cresce e que aumenta a proporção de idosos e de obesos, em virtude da maior expectativa de vida e do maior poder aquisitivo.
Em 2020, o E7, grupo dos países emergentes que inclui Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia e Turquia, deverá ser responsável por 1/5 das vendas globais de produtos farmacêuticos. O estudo prevê ainda que o quadro de doenças crônicas nos países em desenvolvimento será cada vez mais similar ao do mundo desenvolvido. No entanto, o atual modelo de negócios da indústria farmacêutica é economicamente insustentável e operacionalmente incapaz de produzir, no ritmo necessário, os tratamentos inovadores exigidos pelo mercado global. Para aproveitar essa futura oportunidade de crescimento, a indústria precisa, fundamentalmente, mudar seu modus operandi.
O relatório da PricewaterhouseCoopers, intitulado Pharma 2020: The Vision – Which Path Will You Take? (Pharma 2020: A visão – Qual caminho você escolherá?), afirma que apesar da demanda sem precedentes, a indústria farmacêutica encontra-se num momento decisivo em que precisa aprimorar sua capacidade para poder aproveitar essas oportunidades. As empresas enfrentam a escassez no desenvolvimento de novas fórmulas, o fraco desempenho financeiro (o índice FTSE Global Pharmaceuticals registrou crescimento de 1,3% nos seis anos encerrados em 30 de março de 2007 enquanto o índice Dow Jones World cresceu 34.9%), o aumento crescente das despesas com vendas e marketing, maiores restrições legais e regulatórias e reputações arranhadas. Ao mesmo tempo, fornecedores e clientes de sistemas de saúde em todo o mundo estão percebendo que a despesa está se tornando insustentável, a menos que disponham de benefícios tangíveis e de equilíbrio na relação custo benefício em longo prazo.
“O desafio para a indústria farmacêutica é aumentar sua produtividade em pesquisa e desenvolvimento para poder capitalizar as oportunidades. Embora o investimento nessa área tenha duplicado nos últimos 10 anos, a produção de novos medicamentos caiu 60%, isso indica que o atual modelo de negócios é insustentável”, afirma o Dr. Steve Arlington, líder global em consultoria de pesquisa e desenvolvimento da indústria farmacêutica global da PricewaterhouseCoopers e coordenador do estudo.