As obras da galeria de esgoto do Colégio Tomás Alves já haviam terminado, quando foi necessário uma nova escavação devido ao entupimento. O buraco cavado tinha aproximadamente quatro metros de profundidade. Dois funcionários trabalhavam o soterramento. Um deles conseguiu escapar ileso do acidente, mas o outro rapaz não. Após o desmoronamento dois funcionários da empresa Profaq Engenharia que estavam no local tentaram salvar o amigo. “Tentamos primeiramente retirar a terra que encobria a cabeça do Alisson, mas o corpo dele ficou todo enterrado na terra. Ele estava consciente, mas saia sangue da boca e dos ouvidos”, disse o Fernando de Souza que trabalhava com ele na obra.
A diretora da escola, Maria do Carmo Andrade, não quis dar entrevista. Disse que só pronunciaria através da assessoria de imprensa da Secretaria do Estado da Educação do Estado de São Paulo.
Entramos em contato com a assessoria de imprensa, que lamentou o episódio e informou que a obra foi contratada pela Fundação de Desenvolvimento para a Educação (FDE) que está ligada a secretaria.
Falhas na segurança
Os operários que trabalhavam no local não usavam nenhum tipo de equipamento de segurança. Pela regulamentação barrancos partir de 1,80m deve ter escoras, principalmente porque ali existe lenço freático, ou seja muita água.
O buraco foi cavado em frente a entrada do colégio, onde circulam muitas pessoas diariamente e não havia nenhuma segurança e isolamento do local da obra.