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A Ponte lutou muito, deu tudo de si e foi até melhor que o Palmeiras em boa parte do tempo. Teve, ainda, um pênalti não-marcado em cima de Renato. Mas infelizmente a garra e o bom futebol não foram o suficiente e a Macaca encerrou sua melhor participação no Paulistão desde 1981 como vice-campeã.
“É claro que estamos muito frustrados porque não conseguimos o título, mas ainda assim temos de valorizar essa conquista que há tanto tempo não ocorria, valorizar nosso bom elenco e a torcida. Mais ainda: aproveito esse momento para prometer a nossa torcida a Ponte continuará assim, sempre lutando entre os primeiros, nas próximas competições. E no Brasileiro, que começa no sábado, só pensamos em subir para a série A”, disse o técnico Sérgio Guedes logo após o jogo, com lágrimas nos olhos.
O Palmeiras não conseguia sair do campo de defesa e, para parar a Ponte, abusava das faltas. A Ponte, por outro lado, marcava firme e de maneira limpa: Conceição, mais uma vez, era a sombra de Valdívia, que só conseguiu tocar na bola aos oito minutos. Aos 10, nova falta em Luís Ricardo. Renato cobrou na barreira e a Ponte poderia pegar o rebote, mas o árbitro deu falta de ataque cometida por Elias na defesa palmeirense.
Aos 15, o árbitro deu cartão amarelo para César por falta em jogada na qual o Palmeiras levava vantagem.
Mas foi o Palmeiras que marcou, aos 19: após cobrança de falta, Cléber cabeceou e a bola bateu em Ricardo Conceição, desviando sem defesa para Aranha. Mesmo com a tarefa dificultada, a Ponte não perdeu a cabeça e continuou indo para cima, com o Palmeiras explorando os contra-ataques.
Aos 33, Helder Granja cruzou a bola para Alex Mineiro marcar o segundo gol, mais uma vez sem defesa para Aranha.
Aos 45, bate e rebate na área e Renato foi travado com pênalti claro por Gustavo, mas o árbitro não marcou. Ao sair de campo, o capitão César – que se recuperou de entorse do joelho para o jogo – resumiu: “Dói muito mais o coração do que meu joelho ao ficar mais distante do título.”
No segundo tempo, o Palmeiras teve duas boas chances logo no primeiro minuto. Aos 12, Vicente de novo chutou com perigo e Marcos se esticou todo para pegar. Sérgio Guedes aproveitou para trocar Leandro por Wanderley.
Aos 21, foi a vez de Luxemburgo mexer: tirou Cléber e colocou Denilson. Aos 22, Gustavo fez falta em Wanderley. Renato cobrou alto para a linha de fundo. Depois da falta, Sérgio tirou Elias e colocou Giuliano.
Aos 29, em contra-ataque rápido, Valdívia se livrou da defesa alvinegra, deu um corte no até então perfeito Conceição e marcou o terceiro gol. “Tínhamos que ir para cima para tentar reverter o resultado e o risco éramos tomar mais gols”, resumiu Sérgio Guedes.
Com efeito, aos 31 Alex Mineiro voltou a ampliar, mas em um gol impedido não-marcado pelo árbitro: 4 a 0. A Ponte então se desesperou e deu de presente a Alex Mineiro mais um na partida: o jogador adversário entrou fácil na área, desviou de Aranha e marcou.
Aos 38, Arroz teve chance de marcar o gol de honra da Ponte, mas sem sucesso.
Aos 43, Diego Souza e Deda foram expulsos após discussão provocada por gracinhas do ataque palmeirense. O próprio Sérgio Guedes discutiu com Denilson, que ficou fazendo firula com a bola tentando provocar os pontepretanos a tomar uma atitude mais violenta.
Aos 45, o juiz apitou: 5 a 0 para o Palmeiras. Mais voluntariosa em campo, a Ponte Preta saiu frustrada por não ter conseguido o título, mas aplaudida pelos 2,6 mil torcedores que foram a São Paulo acompanhar o jogo de perto e viram a Ponte Preta encerrar sua melhor campanha desde 1981.




