Mais do que a união estratégica das duas maiores empresas do País, o acordo entre Eletrobrás e Petrobras trará benefícios diretos aos consumidores de energia. O principal deles será na melhor eficiência no uso de combustíveis para geração de eletricidade, o que terá impacto nas contas de energia.
O grande ganho será na redução da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), subsídio que custeia o óleo usado para gerar energia na Região Norte do País. Neste ano, a CCC deve consumir R$ 3,5 bilhões. Esse total pode cair para pouco mais de R$ 1 bilhão com a efetivação dos gasodutos Coari-Manaus e Urucu-Porto Velho, que abasteceriam as usinas termelétricas da região a um custo mais baixo. Ou seja: o trabalho conjugado da Eletrobrás e da Petrobrás pode fazer com que bilhões de reais em subsídios deixem de ser cobrados dos consumidores brasileiros. \”A tendência é que a CCC se torne residual\”, afirma Ildo Sauer, diretor de Gás e Energia da Petrobrás. Hoje, de cada R$ 100 pagos na conta de energia, R$ 4 são referentes à CCC.
É a primeira vez que a maior empresa pelo critério de patrimônio líquido, a Eletrobrás, e a maior do Brasil em termos de faturamento, a Petrobras, se unem para desenvolver estudos e projetos na área de energia, no Brasil e no exterior.
\”Petrobras e Eletrobrás vão trabalhar para que o País seja líder mundial na questão energética\”, afirma Aloisio Vasconcelos, presidente da Eletrobrás.
O acordo, cujo prazo é de cinco anos, reunirá dois grandes institutos de pesquisa na área – o Cepel, da Eletrobrás, e o Cenpes, da Petrobrás – em um intercâmbio técnico e tecnológico, e integrará ainda os programas de conservação de energia, Procel e Conpet, desenvolvidos, respectivamente, por Eletrobrás e Petrobras.