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sexta-feira, setembro 20, 2024

Decisão judicial distancia Guarani de parceira

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audiencia.brincoA decisão da juíza Ana Claudia Torres Vianna de, entre outros pontos, relacionar o grupo Magnum como corresponsável das dívidas do Guarani desagradou Horley Senna. O presidente bugrino se reuniu com demais integrantes da diretoria e do departamento jurídico entre o fim da audiência, na manhã desta terça-feira, e o dia desta quarta. Para o cartola, a postura da Justiça Trabalhista apenas tornará mais difícil a busca por patrocínios, assim como tende a afastar o empresário Roberto Graziano, que se colocou como parceiro principal para 2015. A relação entre clube e empresa, por sinal, está em stand-by.

Em despacho divulgado na tarde desta terça, a juíza Ana Claudia Torres Vianna questionou o Guarani acerca das dívidas trabalhistas, que hoje beiram os R$ 68 milhões. Sem uma resposta que considere definitiva (o clube falou da possibilidade de ajuda de empresários, mas não confirmou nomes), a magistrada tomou algumas atitudes. Primeiro, pôs a Magnum como corresponsável do caso, uma vez que a empresa firmou parceria com o Bugre em meados de 2014 para pagamento de salários atrasados durante a Série C do Brasileiro. As partes negaram envolvimento, mas não convenceram a Justiça.

A juíza também garantiu penhora de 30% de todas as receitas, desde renda de bilheteria à cota de patrocínios e benefícios com sócios-torcedores. Por fim, caso a situação não se normalize em breve, com o pagamento de pelo menos parte dos credores, Vianna autorizou a penhora do patrimônio imaterial do Bugre. Neste pacote, estão a história e a marca da equipe, campeã brasileira em 1978 e dona de uma das maiores torcidas do interior do Brasil.
– Percebo que a juíza está focada em ações trabalhistas e não preocupada com a situação do Guarani. É um clube com história, com elenco de jogadores formado, com funcionários que trabalham diariamente. Como fica a situação do clube se isso (penhora do patrimônio imaterial) acontecer? Isso compromete nosso futuro – afirmou Horley Senna, presente na audiência desta terça, ao lado de representantes da Magnum e do próprio Bugre.
Certo é que a relação entre clube e empresa está parada. A alegação é que a ajuda da Magnum ao departamento de futebol está vinculada ao projeto imobiliário. Como o plano apresentado na prefeitura de Campinas está parado, não houve avanço também na questão do pagamento de salários. Segundo Senna, o último aporte feito pelo grupo de Roberto Graziano foi em dezembro, para quitar atrasados de 2014. O Bugre repassou os direitos econômicos de João Vittor como pagamento e alega que, pela ajuda no ano passado, não deve mais ao empresário.

Desde o início de janeiro, a cartolagem alviverde usa “parceiros periféricos”, expressão adotada por Horley Senna, para pagar os salários do elenco inscrito na Série A2 do Paulista. A situação não muda por enquanto. A Magnum só retornará com força ao Guarani se o projeto imobiliário for aprovado pela prefeitura. A realização de um novo leilão, com a arrematação por parte de um terceiro (nesta terça, um grupo de Jaboticabal, que já havia participado da hasta pública em novembro), tende a atrapalhar mais a relação.

Apesar de presentes à audiência, Senna e Graziano não conversaram após a reunião, o que também indica que futuro da parceria está indefinido. Enquanto isso, o Guarani tenta se virar com patrocinadores periféricos. Nesta quarta, o clube fechou acordo com a Inducol, do ramo de colchões, que estampará a marca dentro dos números das camisas oficiais. Para o cartola, este será um ponto fora da curva, já que empresas, com o risco de serem vinculadas às dívidas trabalhistas e fiscais, não vão querer associar as marcas ao Bugre.
– A decisão da Justiça afasta todos os parceiros do Guarani. Ninguém vai querer fazer negócios com a gente, ainda mais depois do que aconteceu com a Magnum. Pode comprometer ainda mais as nossas finanças. Acaba de vez com a chance de termos um patrocínio master em nossa camisa – avaliou o presidente, que, assim como a Magnum, estuda os próximos passos do acordo com a Justiça.
O Estádio Brinco de Ouro irá à leilão mais uma vez, mas isso não tem data para acontecer. O lance mínimo será de R$ 210 milhões, valor que pode chegar a R$ 400 milhões, segundo avaliação dos juízes. Se houver um interessado, o Guarani pode perder o patrimônio em troca do pagamento de dívidas. Esse é um dos temores bugrinos.

Fonte: Globo Esporte

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