Uma fazenda remanescente dos ciclos de cana de açúcar e de café e que, um século depois ganhou um projeto paisagístico assinado por Burle Marx, pertence hoje a um importante empresário que a mantém como espaço ideal para descanso da família como também para receber amigos e clientes especiais. Esse é o programa do projeto (tema) da 1ª edição da Casa Cor Campinas, a ser realizada entre os dias 28 de agosto e 06 de outubro, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, em Campinas, interior de São Paulo.
O programa batizado de Hospedaria do Café é calcado na história real da Fazenda Mato Dentro, formada no século XIX – hoje transformada no parque ecológico – e retrata uma tendência atual na região: fazendas centenárias, em especial as localizadas nos distritos de Sousas e Joaquim Egídio, ganharam, com o passar do tempo, uma nova vocação: além de refúgio para famílias, são cenários para viabilizar negócios e hospedar clientes e amigos.
De acordo com a arquiteta e diretora de planejamento da Casa Cor Campinas, Renata Selmi Herrmann o programa é uma projeção do que poderia ter ocorrido com a Fazenda Mato Dentro caso suas terras não abrigassem, atualmente, uma das mais importantes áreas de lazer de Campinas. “Embora o programa do projeto seja focado no empresário e no uso que ele faz do espaço, promovendo encontros familiares ou corporativos, procuramos preservar ao máximo a memória da fazenda, respeitando as características arquitetônicas do Casarão, Tulha, Capela e o projeto paisagístico de Burle Marx”, explica Renata.
No programa, o proprietário da fazenda, admirador das obras de Burle Marx, é um empresário envolvido com questões de sustentabilidade em sua vida particular e em suas empresas do ramo de café e outros segmentos. Esse envolvimento com a questão sustentável refletirá nos detalhes dos projetos, nos materiais e soluções utilizados nos ambientes. “Pretendemos mostrar o quanto a sustentabilidade pode fazer parte do nosso dia a dia”, afirma a diretora de planejamento.
A mostra ocupará 11 mil metros quadrados dos 285 hectares do parque. Dois mil e quinhentos metros quadrados serão de área construída ou a construir, um diferencial da mostra. “Será uma excelente oportunidade para os arquitetos mostrarem toda a sua técnica e criatividade”, dia Renata Herrmann. O programa prevê 55 ambientes. Trinta deles ocuparão o Casarão. O pavimento superior será dividido em três alas: Hóspedes, Convívio e Família. O pavilhão inferior abriga um Museu e escavações da época do engenho e será reservado para a instalação de exposições ambientais. Apenas uma parte desse espaço será destinada para a Loja Casa Cor e a Sala de Imprensa.
Na Tulha, funcionarão a Sala Multimídia e o Restaurante da Mostra. Na área externa, diversos espaços tomarão forma. O Jardim dos Saraus, por exemplo, abrigará eventos tais como desfiles e apresentações. A pequena Capela existente no local também será revitalizada sem, no entanto, perder suas características originais.
O projeto paisagístico do parque, assinado por Burle Marx, será recuperado como forma de homenagear o centenário de seu nascimento. Todos os ambientes da mostra terão, obrigatoriamente, uma referência ao paisagista, além de um exemplo de sustentabilidade – os dois temas propostos pela marca Casa Cor para 2009. Os jardins da fazenda, por exemplo, serão transformados em verdadeiras galerias a céu aberto, respeitando o conceito da sustentabilidade.
A inclusão no programa de ambientes tais como o Jardim dos saraus, e o Espaço história do Casarão, que remetem nitidamente aos áureos tempos dos barões do café, são uma contrapartida às propostas contemporâneas de outros ambientes como o Jardim dos Sentidos, o Espaço do Gourmet e o Espaço body art, focado nas manifestações artísticas, como tatuagens e piercings.
A organização da mostra conta com a consultoria da arquiteta paulistana Helena Saia, responsável pelo restauro do patrimônio do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e capacitada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turismo do Estado (Condephaat) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), para que as obras atendam às regras básicas de preservação, garantindo aos profissionais liberdade para criar, respeitando o conceito de total reversibilidade.
A arquiteta aponta as benfeitorias que permanecerão no local depois do término da Casa Cor Campinas, entre elas, pintura nas áreas externas e internas condizente com o processo de restauro, substituição de telhas quebradas, podas de árvores e limpeza. Além dessas obras, a mostra deixará como legado para as próximas gerações quatro banheiros adaptados para pessoas com deficiência e um protótipo de uma casa inteiramente sustentável, o ambiente Casa kids sustentável.
Helena, a principal arquiteta à frente da recuperação de prédios históricos em São Paulo, explica que, assim como a Casa Cor levantou 1/3 da memória da cidade de São Paulo, a mostra resgatará, também, a memória de Campinas destacando a importância do período cafeeiro para a região. Ela lembra que esse período foi perdendo o seu valor desde a década de 80 e, que a 1ª edição da mostra trará a oportunidade de relembrar o ciclo tão marcante para o desenvolvimento econômico do município e de toda a região.
A diretora de comunicação e conteúdo da Casa Cor Campinas, Renata Podolsky ressalta que o evento mobilizará diversos segmentos. A gastronomia terá destaque nos espaços gourmets especialmente criados para que os visitantes desfrutem do prazer de se alimentar bem, sem deixar de lado o conceito de consciência e responsabilidade ambiental. “Convidamos chefs renomados para ensinar como resgatar o valor dos alimentos, seus nutrientes e as tradições culinárias regionais”, diz ela. De acordo com Renata, estão previstas, ainda, a realização de palestras, degustações, desfiles, workshops e exposições de arte.
De acordo com a presidente da Casa Cor Campinas, Sílvia Quirós para viabilizar o projeto no parque foi necessário um trabalho conjunto da Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat) e do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc). “O respaldo desses órgãos foi fundamental para a concepção do evento. A total sincronia entre iniciativa privada e poder público tornou possível a instalação do evento em um dos mais belos cartões postais de Campinas, o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim”, diz Sílvia Quirós.
Ambientes:
1. Bilheteria
2. Jardim das boas-vindas
3. Alameda das esculturas
4. Praça Casa Cor
5. Fachada do Casarão/ fachada muros/escadas
6. Brinquedoteca
7. Casa kids sustentável
8. Lounge dos hóspedes
9. Escritório do agrônomo
10. Degustação do café
11. Loft dos hóspedes jovens
12. Sala de convívio
13. Loft dos hóspedes sênior
14. Sala de jantar
15. Adega
16. Lavabo social
17. Internet
18. Sala de música
19. Sala de leitura
20. Suíte do casal
21. Quarta da filha
22. Quarto do bebê
23. Quarto do filho
24. Varanda da família
25. Home cinema
26. Boulevard do gourmet
27. Café e livraria
28. Banheiros públicos
29. Espaço do gourmet
30. Cozinha da fazenda
31. Lavanderia
32. Espaço ecologia
33. Jardim ecologia
34. Capela
35. Jardim da capela
36. Lojas
37. Lojas
38. Lojas
39. Praça da fazenda
40. Alameda Burle Marx
41. Espaço Burle Marx
42. Pavilhão do chef
43. Garagem
44. Espaço cultural
45. Banheiro público
46. Restaurante
47. Jardim do restaurante
48. Jardim dos saraus
49. Sorveteria
50. Especiarias e pomar da fazenda
51. Jardim dos sentidos
52. Espaço história do Casarão
53. Espaço body art
54. Loja Casa Cor
55. Sala de imprensa
Bilheteria Espaço Burle Marx
(clique nas fotos para fazer download)
Sobre a Casa Cor
A Casa Cor é uma grande vitrine de produtos e de trabalhos de arquitetura, decoração, design e paisagismo. Os profissionais que participarão dessa primeira edição em Campinas terão a oportunidade de uma projeção e visibilidade diferenciada pela qualidade do evento. “Quando o Grupo Abril e o Grupo Doria compraram a Casa Cor no ano passado, já vislumbraram que Campinas comportava uma mostra exclusiva para a cidade e região pelo seu potencial de profissionais e de público”, lembra Silvia Quirós.
O executivo Ângelo Derenze, presidente da Casa Cor afirma que com a tradição e bom gosto da marca, aliados a um espaço tradicional, com arquitetura original e histórica, a Casa Cor Campinas terá um resultado de sucesso e surpreenderá o público da região, que oferece uma grande quantidade de talentosos arquitetos, paisagistas e decoradores. “Campinas recebe agora o mais importante evento de arquitetura, decoração e paisagismo do Brasil e o segundo maior do mundo”, afirma.
A mostra Casa Cor tem como patrocinadores oficiais a Deca, o HSBC, a Suvinil, entre outros. Além da grande visibilidade, a mostra permitirá movimentação e geração de negócios e aumento da receita para os municípios.
Casa Cor Campinas 2009
Data: de 28/08 a 06/10/2009
Local: Casarão do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim – Rodovia Heitor Penteado, altura do km 3,2, Vila Brandina, Campinas, SP
Horário: de segunda a quinta, das 12h às 20h; sexta a domingo e feriados, das 12h às 21h
Número de ambientes: 55
Área total: 11 mil metros quadrados
Área construída: 2,5 mil metros quadrados
Ingressos: R$ 25,00 e R$ 12,00 (estudantes e idosos). Crianças até 12 anos não pagam




