Projeto do Veículo Leve sobre Pneus será levado ao presidente Lula em
maio
O projeto de implantação em Campinas do Veículo Leve sobre Pneus (VLP)
foi apresentado nesta segunda-feira (06/04) na primeira parte da 18ª
reunião ordinária da Câmara de Vereadores. O secretário Municipal de
Transportes, Gerson Bittencourt, disse que o projeto vai custar pouco
mais de R$ 1 bilhão; terá a tarifa igual ao dos ônibus e será integrada
pelo sistema de bilhete único. Bittencourt disse que cerca de 50% do
custo total do projeto será de obras de infraestrutura. Segundo o
secretário, parte desse valor viria do BNDES dentro do PAC da Mobilidade
Urbana e parte seria à fundo perdido do governo federal. A outra metade,
explicou Bittencourt, seria de responsabilidade das empresas – ou
consórcios – que vão operar e explorar o sistema. De acordo com o
secretário, até a primeira quinzena de maio, o projeto será levado pelo
prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
O VLP de Campinas terá seis trechos e foi dividido em quatro áreas. A
Área 1 é a do Ouro Verde, Vila União e Corredor Amoreiras. A Área 2 é a
do Campo Grande, Padre Anchieta e o Corredor John Boyd Dunlop. A Área 3
é a de Barão Geraldo, Sousas, Rod. Campinas-Mogi, Amarais e Abolição e a
Área 4 é a da Nova Europa, Santos Dumont e Aeroporto de Viracopos.
No primeiro momento, o projeto vai contemplar dois trechos – o do Ouro
Verde e do Campo Grande. Juntos, os dois trechos deverão atender 250 mil
dos 600 mil usuários que o sistema transporta diariamente na cidade. O
primeiro terá 10 km de extensão e o segundo terá 15 km. O veículo terá
2,2 metros de largura e quase 3 metros de altura e será operado em pelo
menos três modalidades: o expresso – que não terá parada entre o ponto
inicial e final, além do sistema que vai contar com paradas em locais
determinados e um terceiro, que vai parar em todos os pontos.
Bittencourt disse aos vereadores que a Administração optou pelo VLP por
razões técnicas e econômicas. Segundo ele, o custo é baixo se comparado
a projetos de Veículos Leves sobre Trilhos ou metrôs. Do ponto de vista
da engenharia, afirmou ele, o VLP exige intervenções mais viáveis. “Para
implantar um VLT, tínhamos de abrir espaços de 20 metros para realizar
curvaturas, enquanto que o VLP chega ao máximo de 10 metros”, disse.




