A universalização do acesso à Internet no Brasil e sua importância para a economia são os principais temas de seminário
A Câmara dos Deputados promoveu, o seminário Internet para todos – uma estratégia focada nos municípios. O objetivo principal é discutir, criar condições e cobrar do governo o uso de mais de R$ 4 bilhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para garantir o acesso à Internet a partir dos municípios. Também serão debatidos programas nacionais de utilização da Internet e de banda larga. No Brasil, apenas 12% da população tem acesso ao computador e 8% à Internet. O Brasil dispõe de cerca de 4,7 milhões de pontos de acesso à Internet, mas somente 400 mil em banda larga. E a banda larga brasileira é mais lenta e de qualidade inferior à utilizada na maior parte dos países desenvolvidos. A oferta de Internet em banda larga é considerada decisiva para o crescimento do país nos próximos anos. Esse tipo de conexão tem assumido papel cada vez mais importante na economia, a ponto de exigir uma maior atenção do governo – segundo especialistas.
A concorrência é um dos fatores que podem fazer diminuir o custo do serviço. Nos países onde há efetiva concorrência, como na Comunidade Econômica Européia, as pessoas pagam cerca de R$ 30,00 mensais por capacidades de dois megabits por segundo, enquanto no Brasil uma capacidade inferior a um quarto disso custa 2 ou 3 vezes mais.
O presidente da Associação Brasileira dos Prestadores de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telecomp), Luis Cuza, diz que a população, as empresas e mesmo os organismos públicos sofrem com a limitação do acesso. Ele aponta o risco de empresas que já dominam o negócio de telefonia virem a dominar também o de Internet. As empresas de TV paga são as únicas em condições de concorrer realmente com as teles. Hoje, três grandes companhias telefônicas – Telefonica, Telemar e Brasil Telecom – controlam 80% do mercado.
Vedana defende a gratuidade do serviço, assim como já acontece em relação à educação e à saúde. “É possível, não custa muito e vai permitir um grande salto à frente, principalmente na educação e no desenvolvimento econômico e social”, diz.
Seminário vai cobrar banda larga para todos no país
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