Grupo Ponto de Partida e Meninos de Araçuaí voltam a São Paulo com o espetáculo
que aborda de forma poética e divertida a causa do planeta
Projeto patrocinado pela Natura, por meio do Natura Musical,
faz três apresentações no Auditório Ibirapuera em 22, 23 e 24 de maio
Turnê prosseguirá por Campinas, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro
Nos dias 22, 23 e 24 de maio, sexta, sábado e domingo, o Auditório Ibirapuera recebe o grupo mineiro Ponto de Partida e os Meninos de Araçuaí, para três únicas apresentações do espetáculo Pra Nhá Terra, um musical brasileiro, que aborda de maneira lúdica, inteligente e apaixonada as questões da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável.
Em cena, 50 artistas – atores, cantores, músicos – dos 7 aos 52 anos, interpretam o texto escrito pelo poeta Manoel de Barros e pelo Ponto de Partida e as canções originais de Pablo Bertola, Lido Loschi, Júlia Medeiros e Leandro Aguiar, além de duas composições de nomes consagrados da canção brasileira (e mineira): “Dois Rios” (de Tavinho Moura, Sérgio Santos e Fernando Brant) e “Estrelada” (de Milton Nascimento e Márcio Borges). A direção musical e os arranjos são de Gilvan de Oliveira. O espetáculo foi concebido pelo Ponto de Partida, com dramaturgia e direção geral de Regina Bertola.
O Espetáculo – Humor e fantasia
Para tratar de um tema tão importante de modo atraente para todos os públicos – e ao mesmo tempo evitar um tom didático ou panfletário – o grupo Ponto de Partida misturou elementos de teatro, música, poesia, fantasia e humor.
Segundo a diretora Regina Bertola, o espetáculo se apresenta “não só como um alerta ou um grito, mas como uma proposta de reconciliação entre o homem e seu ninho. Em todos os lugares em que já se apresentou, ao final, a platéia se coloca como cúmplice na tentativa de restaurar a Terra como lugar apropriado para as borboletas e os meninos.”
A história é costurada pelas canções que, com delicadeza e humor, nos conduzem a uma aventura fascinante: encontrar motivos de esperança para que o Tatu, guardião do ventre de Nhá Terra, saia do buraco e permita que, outra vez, a vida se recomponha.
Os personagens centrais são os Guardiões da Nhá Terra, que, como seus muitos filhotes, são diferentes de tudo que se conhece e nasceram dos caminhos, do ar, da água, do mato, da floresta. Em sua missão se confrontam com jovens humanos da era da internet, do celular, da poluição, do aquecimento global. O que esse encontro desencadeia? Bem, isso é melhor conferir no espetáculo.
O Ponto de Partida sabendo que essa história havia de ter o dom das origens, incorporou ao texto versos do poeta Manoel de Barros, aquele que “conhece as fontes da terra”.
Aprofundando a pesquisa de linguagem do Ponto de Partida, onde toda encenação inicia-se e se fecha no ator e é construída por um elemento que desenha todo o espetáculo, foi relativamente fácil, para os atores, proporem o cenário: um bambuzal redesenhado. Esses bambus, rascunhos de natureza, ora são estruturas enormes, ora ilhas alongadas de verde, ora manguezais, ora barcos, ora florestas, ora o que o imaginário da platéia enxergar.
Como uma extensão deste cenário, cada guardião porta um bambu como continuação de seu corpo. Tarefa difícil viver acoplado a uma haste de três metros! Mas aos poucos, depois de horas incontáveis de ensaio, de muitas dores musculares, de pequenos e maiores machucados, aquelas compridezas rígidas e desajeitadas foram ganhando leveza e chegaram de ser borboletas, girassóis, água.
Os figurinos de Alexandre Rousset e Tereza Bruzzi ajudam a inventar esses seres que nunca existiram. Os adereços foram construídos com sementes e fibras especialmente trazidas da Amazônia. A luz de Jorginho de Carvalho leva às últimas conseqüências a magia do espetáculo.
Beleza e glória das coisas o olho é que põe.
Manoel de Barros
Trilha sonora
Segundo o Ponto de Partida, “as canções originais, compostas por Pablo Bertola, Lido Loschi, Júlia Medeiros e Leandro Aguiar que passeiam da rumba ao fox-trot, da ciranda ao reggae estão escritas com a marca do nosso tempo e é o legado desses jovens compositores para as futuras gerações. As músicas pesquisadas do cancioneiro do Vale, que vão do coco às folias, as composições “Dois Rios”, de Tavinho Moura, Sérgio Santos e Fernando Brant e “Estrelada”, de Milton Nascimento e Márcio Borges nos comungam com nossa herança.
Os arranjos de Gilvan de Oliveira esbanjam diversidade e sofisticação, surpreendendo a quem espera “apenas um CD ou espetáculo para crianças”.
A preparação vocal é da Babaya, profissional, várias vezes premiada por seu trabalho.
As imagens pintadas com palavras são pra se ver de ouvir.
Manoel de Barros
O CD surgiu primeiro
O CD Pra Nhá Terra foi gravado em 2007, ao vivo, na Borda do Campo, sítio onde nasceu Barbacena, no século XVIII, registro obrigatório do Caminho Novo, por onde escoaria o ouro arrancado das minas para o Rio de Janeiro e daí para o Reino.
O texto foi gravado no meio da mata entre bambuzais, macacos, maritacas e borboletas. Os efeitos sonoros do disco, que imitam pássaros, cigarras, rios e outros sons, foram feitos pelos atores, com a colaboração inesperada da natureza. Todos os sons foram captados pelos microfones atentos de Murillo Corrêa e Zorro – o engenheiro de gravação – tratou de guardá-los, cuidadosamente, no CD. O grande desafio foi fazer que a história fosse encantada só de se ouvir. Os atores fizeram uma longa pesquisa sonora para que isso fosse possível.
No CD, a canção Estrelada é cantada pelo próprio Milton Nascimento, um dos primeiros artistas brasileiros a levantar a bandeira da ecologia. A parceria dele com os Meninos de Araçuaí e o grupo Ponto de Partida vem da produção do espetáculo Ser Minas tão Gerais, de 2002.
Eu penso em renovar o homem usando borboletas.
Manoel de Barros
Ponto de Partida
O Ponto de Partida é um dos grupos teatrais mais cultuados do país. Foi fundado em 1980, em Barbacena, por artistas que decidiram que não deixariam a cidade, mas também não aceitariam os limites da província. Assim, tornou-se uma companhia de repertório, itinerante, independente, com 21 profissionais em exercício permanente, 30 espetáculos montados e apresentações pelo Brasil, África, Europa e América do Sul.
Nestes anos conviveu ou trabalhou com figuras referenciais da cultura brasileira como Milton Nascimento, Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Paulo Gracindo, Jorge Amado, Manoel de Barros, Álvaro Apocalypse, Maestro Ademarzinho, Adélia Prado, Bartolomeu Campos de Queirós, Dori Caymmi e com meninos, operários, policiais, anônimos que marcaram sua trajetória.
Experimentou vivências inesquecíveis em suas viagens. A Angola, em plena revolução. Em Paris, onde representou o Brasil nos 50 anos da Unesco e apresentou-se, anos depois, no Théâtre des Champs-Élysées com os Meninos de Araçuaí e Milton Nascimento. Nas temporadas em Montevidéu, onde conviveu com o lendário diretor do El Galpón, Atahualpa del Cioppo. Em suas andanças pelo interior de Portugal apresentando-se em antigos claustros, ruínas de castelos, teatros centenários, ou em dezenas de espaços por todo o Brasil.
Meninos de Araçuaí
É um coro criado como ação complementar do trabalho educacional do Projeto Ser Criança, mantido no Vale do Jequitinhonha, pelo Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), uma ONG que pela excelência do seu trabalho conquistou o reconhecimento internacional e entre tantos prêmios, o que nomeou seu Presidente, Tião Rocha, Empreendedor Social Brasileiro, em 2007.
Há onze anos o Ponto de Partida assumiu o trabalho e a direção artística desse coro. Desde então, os Meninos se exercitam num processo de formação permanente com o Ponto de Partida. Têm aulas de música, percussão, voz, dança e interpretação e trabalham com grandes artistas mineiros. Montaram, com o Ponto, cinco espetáculos que lotaram platéias por esse mundo afora, apresentaram-se nos espaços mais significativos do Brasil e na França, gravaram dois CDs e um DVD e já dividiram palcos com Gilberto Gil e Milton Nascimento que, desde Ser Minas tão Gerais, está sempre misturado às suas vidas e ao seu trabalho.
E tem mais, com o dinheiro conquistado com vendas de ingressos e CDs, somado aos recursos de outros parceiros do CPCD, construíram e entregaram a Araçuaí um cinema de verdade! Também são conseqüências dessa parceria a Bituca: Universidade de Música Popular, criada pelo Ponto de Partida, em Barbacena e a Casa de Morada dos Meninos.
O público de São Paulo conhece o trabalho desses grupos pelo CD Roda que Rola que virou uma referência e que foi considerado por especialistas convidados pela revista Crescer “um dos dez discos que não podem faltar na vida de seu filho”, pelo DVD e o espetáculo Ser Minas tão Gerais, que tem participação especial de Milton Nascimento e que se apresentou em São Paulo, em 2005, no Teatro Alfa e também pelo próprio Pra Nhá Terra, também apresentado no Alfa, em 2009.
Natura, Meninos de Araçuaí e Ponto de Partida
A estreita relação entre Natura, Meninos do Araçuaí e Grupo Ponto de Partida teve início em 1998, quando colaboradores da Natura se emocionaram ao ver uma reportagem de TV sobre o Vale do Jequitinhonha. Impressionados com as dificuldades vividas pelos moradores daquela região, resolveram conhecer de perto a rotina daquela comunidade e logo a ajuda virou parceria.
Decidiram então patrocinar o Projeto Ser Criança, do CPCD, onde nasceu o coro dos meninos. O Ponto de Partida foi convidado pelo CPCD para preparar esse coro para apresentar-se em São Paulo, para os funcionários da Natura, numa cálida festa de Natal. Esse fato mudou completamente a vida de muita gente.
Agora, passados 11 anos, Natura, Grupo Ponto de Partida e Meninos do Araçuaí retomam a parceria e, a partir de São Paulo, viajam pelo Brasil anunciando que quando o sonho e o trabalho se juntam até o milagre é possível.
Natura Musical
É o programa de apoio à cultura brasileira da Natura com foco em música e tem por missão estimular e difundir a música raiz-antena. A música que resulta do encontro de elementos tipicamente brasileiros com conceitos, idéias e sonoridades universais. A música que tem raízes na nossa terra ao mesmo tempo em que olha para o mundo.
Por meio do programa de incentivo a projetos de cultura, a Natura atua em duas frentes: os editais públicos e seleção direta, como o DVD Infinito ao meu redor da cantora Marisa Monte, o filme O Mistério do Samba que também acaba de ser lançado em DVD e a parceria com a cantora Marisa Monte, com a turnê “Universo Particular”.
Desde o lançamento do Natura Musical, em 2005, foram contemplados nos editais de seleção pública, 115 projetos de diversos gêneros artísticos e estágios de produção musical, atingindo 17 Estados brasileiros de todas as regiões do país e mais de 200 mil pessoas de diferentes idades e classes sociais.
Natura
A Natura é a maior fabricante brasileira de cosméticos e conta atualmente com 5.698 colaboradores. A empresa opera por meio da venda direta e contabiliza 850 mil consultoras e consultores no Brasil e no Exterior. A marca também está presente nos sete maiores mercados da América Latina: Argentina, Peru, Chile, México, Venezuela, Colômbia e México. Na França, em Paris, a corporação mantém a sua única loja mundial e um centro-satélite de pesquisa e tecnologia.
Pra Nhá Terra – Elenco
Grupo Ponto de Partida
Trupe: Júlia Medeiros (Carmela), Felipe Saleme (Frederico), Lido Loschi (Mestre), Pablo Bertola (Rique)
Guardiões: Soraia Moraes (Artemis, guardiã das florestas), Lourdes Araújo (Apicum, guardiã do mangue), Regina Bertola (Ba, guardiã dos filhotes), Ana Alice Souza (Belona, guardiã das sementes), Beth Carvalho (Boiúna, guardiã das águas), Ronaldo Pereira (Caapuã, guardião dos bichos do mato), Dani Costa (Caburé, guardiã dos bichos pequenos), João Melo (Iacamim, guardião das estações), Carolina Damasceno (Matita, guardiã dos bichos cantantes), Renato Neves (Zéfiro, guardião dos ventos), Érica Elke (Zana, guardiã dos bichos pequenos), Lourdes Araújo (Nhá Terra)
Meninos de Araçuaí: Amanda Pereira / Brendon Nunes / Carlos Augusto da Silva / Cátia Silene Gomes / Cláudia dos Santos / Cléia Celestino / Clésio Celestino / Diulliany Lemes / Franciele Coelho / Higor Fonseca / Hyandra Gonçalves / Isadora Miranda / Jéssica Santos / João Batista Fernandes / Joseph dos Santos / Karine Montenegro / Lucas Viana / Maria Luiza Santos / Natália Edwiges / Néia de Pereira / Nélio Nascimento / Pitágoras Silveira / Ramon Felipe / Rayane Fonseca / Renato Marques / Ronézia Chaves / Sabrina Pinheiro / Sara Gonçalves / Tamires Fernandes / Tarcízia Douglas / Coordenadoras: Pama Dourado / Jucélia Dourado
Ficha técnica
Concepção: Grupo Ponto de Partida / Dramaturgia e direção geral: Regina Bertola / Assistente de direção: João Melo / Texto: Manoel de Barros e Ponto de Partida / Manifesto de Nhá Terra: Regina Bertola / Músicas originais: Pablo Bertola, Lido Loschi, Júlia Medeiros e Leandro Aguiar / Direção musical e arranjos: Gilvan de Oliveira / Preparação vocal: Babaya / Luz: Jorginho de Carvalho / Assistente de iluminação e operação: Rony Rodrigues / Cenário: João Melo, Lido Loschi, Lourdes Araújo / Equipe de cenário: João Melo, Lido Loschi, Lourdes Araújo, Renato Neves, Ronaldo Pereira / Construção do cenário: Sergio Barbosa / Tratamento dos bambus: Lúcio Ventania / Figurino: Alex Rousset e Tereza Bruzzi / Assistente de figurino: Beth Carvalho / Confecção de adereços: Ana Vaz, Fábio Rodrigues, Renata Cabrall, Sâmara Evangelista, Sarah Miller / Confecção dos figurinos: Vera Viol / Assessoria jurídica: Soraia Moraes / Projeto gráfico: Gutt, a partir das pinturas de Martha Barros / Fotos: Kika Antunes, Rodrigo Daí / Produção gráfica: Felipe Saleme, Dani Costa e Júlia Medeiros / Equipe de produção: Fátima Jorge, Júlia Medeiros e Pablo Bertola / Produção executiva: Eloíza Mendes, Fábio Rodrigues, Soraia Moraes / Administração: Fernanda Fróes / Patrocínio: Telemig Celular / Parceria: Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento – CPCD / Produção e realização: Grupo Ponto de Partida
Banda
Felipe Moreira: teclado e escaleta / Leandro Aguiar: violão / Renato Marques: percussão e flauta doce / Yuri Hunas: percussão, bateria e flauta doce
Todos os seres são iguais perante a lua.
Manoel de Barros
SERVIÇO
Natura apresenta
Grupo Ponto de Partida e Coro dos Meninos de Araçuaí em Pra Nhá Terra no Auditório Ibirapuera
Data: dias 22, 23, 24 de maio de 2009
Horários: sexta às 21h, sábado e domingo às 19h
Duração: 80 minutos (aproximadamente)
Ingresso: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada)
Classificação Indicativa: Livre
AUDITÓRIO IBIRAPUERA
Capacidade: 800 lugares
Abertura da casa: 19h00
Abertura da platéia: 20h00
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 2 do Parque do Ibirapuera.
Informações: info@iai.org.br / 3629-1014 – Marina/ 3629-1075 – Sarah
www.grupopontodepartida.com.br / www.auditorioibirapuera.com.br
Ar-condicionado. Acesso a deficientes. Proibido fumar no local.
Horários da bilheteria do Auditório Ibirapuera:
NÃO ABRE SEGUNDA-FEIRA
Terça a Quinta: das 9h às 18h
Sexta e Sábado: das 9h às 21h
Domingo: das 9h às 18h
Ingresso em casa e pontos de venda:
Sistema Ticketmaster, pelo site www.ticketmaster.com.br ou 11 2846-6000. Formas de Pagamento: Visa, Amex e Mastercard, todos os cartões de débito e dinheiro. Não aceita-se cheques.
É recomendável comprar o ingresso com a máxima antecedência.
Meia Entrada:
– Estudantes: apresentar na entrada Carteira de Identidade Estudantil.
– Professores da Rede Estadual, Aposentados e Idosos acima de 60 anos: apresentar RG e comprovante.
– Menores de 12 anos, acompanhados pelos pais, têm direito a 50% de desconto do valor da inteira, quando Censura Livre.
Estacionamentos / Transporte:
Estacionamento Zona Azul – R$1,80 por duas horas. Dias úteis das 10h00 às 20h00, sábados, domingos e feriados das 8h00 às 18h00.
Ônibus: Estação da Luz – Linha 5154 – Terminal Sto Amaro / Metrô Brás – Linha 5630 – Jd. Eliana / Metrô Ana Rosa – Linha 675N – Terminal Sto. Amaro – Linha 677A – Vila Gilda – Linha 775C – Jd. Maria Sampaio / Metrô Vila Mariana – Linha 775 A – Jd. Adalgiza.




