Como aprender história, biologia e filosofia tendo o maior contato possível com a natureza e adotando atitudes ambientalmente corretas? Desde quinta-feira, 14.05, uma escola rural de Botucatu, tenta responder essa pergunta com os seus 22 alunos do Ensino Médio com o Projeto CicloAitiara. Os jovens, acompanhados por um grupo de 12 professores e ciclistas, pegaram suas bicicletas, desembarcaram no município de São Miguel Arcanjo e começaram uma cicloviagem de 11 dias, onde percorrerão o Vale do Ribeira até chegar em Paranaguá, litoral norte do Paraná.
E para conhecer bem de perto essa região tão rica em recursos naturais, histórias e patrimônios culturais nada melhor do que começar por uma Unidade de Conservação da Natureza. Por isso, a primeira parada dos cicloturistas mirins foi o Parque Estadual Carlos Botelho, onde puderam entender melhor a importância de uma área protegida pelo Estado, a preservação dos recursos naturais e os cuidados e vantagens de se viajar a bordo de uma bicicleta.
O ponto alto da visita foi a travessia pela Rodovia SP-139, estrada-parque que atravessa o Parque Carlos Botelho até o Núcleo Sete Barras, onde a garotada encostou as magrelas para curtir a Trilha da Figueira – de 2 km de extensão, passando por riachos e por uma figueira de mais de mil anos – e pernoitarem do Centro de Visitantes do Parque.
O Projeto
O Projeto CicloAitiara foi idealizado pelas professoras da própria escola Ana e Susana Canepa, e tem como objetivo fazer com que os alunos aprendam de forma alternativa, por meio da cicloviagem, tendo o máximo de contato com a natureza, vivência com o cicloturismo, além de aulas em campo de biologia, história e filosofia. O trajeto completo tem por volta de 300 km, sendo 60 km a serem realizados de barco. Serão 11 dias até chegarem ao destino final.
Nesta sexta-feira, 15.05, o grupo seguiu para o município de Registro. Nos próximos dias, os ciclistas ainda conhecerão os Parques Estaduais de Cananéia e Ilha do Cardoso.