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sábado, julho 5, 2025

Médicos do Ouro Verde entram em greve após tragédia anunciada na Saúde de Campinas

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Hospital Ouro Verde (Foto: Carlos Bassan)

Há quatro semanas, quando iniciou os rumores de que a Prefeitura de Campinas faria uma demissão em massa dos funcionários do Hospital Ouro Verde, o Sindimed Campinas solicitou formalmente uma audiência pública com a diretoria do Hospital Mário Gatti e seu presidente, Marcos Pimenta, responsável pelo gerenciamento do hospital após suspensão do contrato com a OS Vitale, para insistir em uma negociação afim de evitar essa catástrofe. Por sua vez, a tentativa não foi atendida e culminou nesse completo desrespeito com a categoria médica e todos os demais profissionais do maior complexo hospitalar da cidade, após anúncio feito ontem pela imprensa da demissão de todos os médicos e demais funcionários do Complexo Hospitalar Ouro Verde, contratados pela Vitale Saúde.

Um verdadeiro desprezo à categoria e, acima de tudo a toda uma classe trabalhadora, onde grande parte está até hoje trabalhando com atrasos salariais. Médicos com contratos terceirizados estão sem receber da Prefeitura desde dezembro. Muitos ainda com dívidas pendentes desde agosto com a organização investigada por desvios milionários de verbas públicas, OS Vitale. O Sindimed solicitou inúmeras vezes ao governo municipal esclarecimentos sobre a regularização dos direitos trabalhistas, como fundo de garantia e as verbas previdenciárias dos médicos CLT, que não estavam sendo recolhidas desde outubro de 2016.

“Estamos estarrecidos com tamanha irresponsabilidade. O Sindimed está solicitando uma intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para colocarmos frente a frente todos os sindicatos e a prefeitura municipal, ainda na tentativa de evitar essa catástrofe em um momento de profunda crise no país. Com taxas de desemprego atingindo níveis absurdos, colocar 1.500 trabalhadores na rua vai causar uma tragédia não só na região do Ouro Verde, que ficará sem assistência hospitalar, como nas famílias desses funcionários que serão demitidos”, enfatizou Casemiro Reis, presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região.

No dia 8 de janeiro, o Secretário da Saúde de Campinas, Cármino de Souza, assinou um acordo com o MPT onde previa além de multas pelo não pagamento dos salários em atraso, a impossibilidade de haver demissões de funcionários do hospital Ouro Verde até o dia 8 de março.

Após assembleia realizada na última segunda-feira, a categoria médica decidiu paralisar os atendimentos no Hospital Ouro Verde a partir de amanhã, dia 23 de fevereiro.

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