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sábado, dezembro 27, 2025
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Gordura trans é a vilã dos tempos modernos

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Mariana Dorigatti

Atualmente um dos mais poderosos inimigos para a saúde, a gordura trans está presente na maioria dos produtos industrializados, e o consumo exagerado pode trazer problemas cardiovasculares. Essa gordura é muito usada pela indústria alimentícia, pois deixa os alimentos mais consistentes, saborosos, crocantes, duradouros e com maior validade.

Os alimentos que mais contem gordura trans são os industrializados, como sorvetes, batatas fritas, salgadinhos, bolos, biscoitos, e margarinas, sendo que a margarina é o alimento com mais concentração da gordura trans, já que é resultado direto da hidrogenização de óleos vegetais. Mas pequenas quantidades dessa gordura também podem ser encontradas em alimentos de origem animal como a carne e o leite.

Segundo Renato Grimaldi, químico industrial do laboratório de Óleos e Gorduras da Unicamp, estruturalmente falando a gordura trans se comporta da mesma maneira que a gordura insaturada, ou seja, nosso organismo acaba absorvendo a gordura trans como se fosse uma gordura boa.

O cardiologista José Marco Lima, do Grupo de Arritmia de Campinas, aponta o consumo indiscriminado de gordura trans como uma das principais causas de problemas cardiovasculares para a nova geração. Além disso, o consumo exagerado de gorduras trans pode trazer diabetes, obesidade, acidentes vasculares cerebrais e arteriosclerose, doença caracterizada pelo depósito de gordura nas paredes arteriais, que, ao terem seu tamanho reduzido enviam menos sangues aos tecidos.

O assunto é tão sério, que desde 2003 a Resolução RDC nº 360, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que as indústrias do setor alimentício acrescentassem no rótulo das embalagens a quantidade de gordura trans presente nos alimentos. Porém não é necessário declarar a porcentagem do valor diário de ingestão de gorduras trans já que não existe uma recomendação diária, devendo ser consumido o mínimo possível.

Segundo a gastronoma Marina Rosa, para quem quer controlar o consumo de gordura trans, uma boa pedida é substituir um prato frito por assados e ingerir castanhas. “As castanhas além de combaterem radicais livres previnem doenças do coração, mas devem ser ingeridas em pequenas quantidades, já que são ricas em calorias”, advertiu. Outra dica para manter o sabor dos alimentos sem se preocupar com as gorduras trans é assar os petiscos que geralmente são fritos como batata e mandioca com uma pequena quantidade de óleo para dar crocancia.

A gastronoma também alerta para o consumo de óleo de soja, que pode ser substituído por óleo de canola ou girassol, ricos em Omega 6 e ácidos graxos. Essas substâncias são essenciais ao organismo e ajudam no controle da pressão arterial, mantêm os níveis de colesterol e triglicérides no sangue além de serem fundamentais para o bom funcionamento do cérebro.

Catarina Menucci é consumidora de produtos orgânicos há 30 anos, e faz parte do grupo de pessoas que não aceitam comprometer a saúde por uma alimentação ruim. Catarina acredita que com criatividade e bom sendo pode-se fazer qualquer prato saudável e, portanto, comidas saborosas não dependem de gorduras trans. “Sabemos que muitas receitas antigas das bisavós são maravilhosas e nunca usaram as tais gorduras”.

A consumidora também enxerga melhorias em sua saúde e de sua família, após uma vida inteira consumindo alimentos saudáveis. “É visível a manutenção da imunidade geral, e da disposição de todos, minhas filhas já adultas não têm cáries e estão sempre saudáveis”.

Comida viva

A mais nova tendência a chegar ao Brasil é a comida viva, uma variação do vegetarianismo. Nesta dieta são usados principalmente os brotos e as sementes germinadas, juntamente com frutas, verduras e legumes orgânicos. Os alimentos em sua maioria são ingeridos crus ou aquecidos a uma temperatura inferior a 46ºC, que mantém quase integralmente o teor nutritivo da refeição. Alguns pratos desta culinária demoram cerca de 30 horas para serem preparados, já que nada pode ser cozido e alguns alimentos precisam ser desidratados.

Entre os inúmeros benefícios, decorrentes deste tipo de alimentação está o rejuvenescimento da pele, mais energia, perda de peso e melhora da saúde de maneira geral.

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