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sábado, agosto 9, 2025

Gilberto Carvalho: Nota pública sobre a matéria da Veja

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Houvesse na época um Intercept poderíamos ter tido acesso às reais intenções de alguns dos promotores do Ministério Público de São Paulo que levantaram as hipóteses caluniosas tentando politizar e envolver o PT neste processo

Mais uma vez a Revista Veja cumpre seu papel de ser Veja: requenta matéria dando voz a um bandido interessado unicamente em diminuir suas penas, distribui acusações infundadas e a revista não ouve o outro lado, não cuida de fazer um jornalismo minimamente decente.

Nunca vi pessoalmente, não conheço e portanto jamais falei com o bandido Marcos Valério. O mesmo vale para o Presidente Lula, durante todo o tempo em que esteve na Presidência. Desafio este Bandido a apresentar uma prova, uma testemunha, uma circunstância que dê base a esta acusação que ele faz buscando dar verossimilhança a uma reiterada tentativa de obter mais uma das famosas e fantasiosas “delações premiadas”. São múltiplas as tentativas que este Bandido tem construído, cada vez com um acréscimo de circunstâncias novas, todas mentirosas.

Ao contrário do que diz VEJA a morte de Celso Daniel não causa tremor nem medo ao PT. Causa dor pela perda de um dos melhores quadros que construímos, causa revolta pela reiterada tentativa de culpabilizar companheiros que são na verdade vítimas desta dor indescritível. Celso Daniel tinha acabado de assumir a função de Coordenador da elaboração do Programa de Governo do então candidato Lula e teria sem dúvida um papel importante, essencial no Governo que se formaria.

De uma vez por todas é preciso afirmar: quem investigou a morte de Celso Daniel foi a Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Federal, ambas sob o Governo do PSDB. O inquérito primeiro foi contestado e foi realizado pela insuspeita Dra. Elisabete Sato um segundo inquérito que chegou às mesmas conclusões.

Houvesse na época um Intercept poderíamos ter tido acesso às reais intenções de alguns dos promotores do Ministério Público de São Paulo que levantaram as hipóteses caluniosas tentando politizar e envolver o PT neste processo. Sérgio Gomes foi na verdade a primeira vítima deste ativismo que depois vimos chegar à exaustão na Operação Lava Jato. Preso sem provas, submetido a uma tortura psicológica brutal em busca de uma delação premiada mentirosa que ele nunca aceitou, até ser acometido de um câncer e falecer.

Não é verdade que o senhor Ronan Maria Pinto tenha feito ou tentado qualquer tipo de chantagem contra mim ou contra o Presidente Lula. Até porque não teria base nenhuma para fazer qualquer tipo de chantagem, e não teríamos porque temer. Em nenhum momento Ronan Maria Pinto, também feito prisioneiro, sequer mencionou este episódio, criado pela fantasiosa mente do bandido Marcos Valério.

Tomarei as medidas judiciais para que o senhor Marcos Valério pague por mais este crime que cometeu. Quem tem a honra pessoal como único bem pessoal relevante, não pode se calar. Não me calarei. Gilberto Carvalho

Nota do PT: Veja terá de responder por mais uma capa criminosa contra Lula

As mentiras reproduzidas como novidade na última edição da revista Veja já haviam sido vendidas pelo sr. Marcos Valério à Procuradoria Geral da República, em 2012, e foram repetidas à Lava Jato, em 2016, numa desesperada tentativa de envolver o ex-presidente Lula em mais uma falsa acusação. Em nenhum dos dois casos a impostura parou de pé, por ser história falsa, sem prova nem testemunho, apesar da obsessão macabra dos que tentam até hoje tirar proveito político do assassinato do prefeito Celso Daniel, em janeiro de 2002. Mas Veja foi longe demais, até para uma revista que sempre abusou de mentir sobre o PT, e terá de responder pelo crime que cometeu.

Veja é falsa desde a capa até o ponto final da matéria. Apresenta como se fosse “recente” um depoimento prestado por Marcos Valério em 17 e 18 de outubro do ano passado e que não gerou desdobramentos. Mente ao dizer que o caso Celso Daniel “foi reaberto” a partir daquele depoimento, pois nenhum novo procedimento foi gerado, até porque os supostos fatos narrados estariam prescritos. Omite que Valério fracassou em outras tentativas de chantagem. E, como é hábito no jornalismo gângster, publicou calúnias e falsidades sem dar chance de resposta aos ofendidos.

Veja esconde dos leitores que nem mesmo a Lava Jato, notória pela perseguição a Lula, encontrou elementos para reabrir o caso e que a “Operação Carbono 14” (lançada em 1º. de abril de 2016 com objetivo de envolver falsamente Lula e o crime de Santo André) foi o maior fracasso da perseguição movida por Sergio Moro e pelos procuradores no âmbito da Lava Jato. Das nove pessoas então acusadas com estardalhaço, cinco tiveram de ser inocentadas por Moro, porque simplesmente não havia crime a ser apurado, e as demais passaram a responder por outras acusações.

Veja esconde ainda que outra manobra frustrada para envolver Lula no caso, desta vez em 2017, foi revelada pelo site Intercept na série Vaza Jato. Em 13 de março daquele ano, Sergio Moro repassou a Deltan Dallagnol uma queixa da então deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), segundo a qual os promotores do Ministério Público de São Paulo “não estariam interessados” no caso de Marcos Valério. Foi em decorrência dessa intervenção indevida e ilegal da Lava Jato que os promotores de São Paulo ouviram Valério duas vezes, em 17 de abril de 2017 e em outubro de 2018, segundo nota oficial do MPSP. E nada disso transformou mentira em verdade.

A capa da Veja enoja e ofende. Brota no mesmo pântano onde nasceram tantas outras mentiras contra o PT e suas lideranças. Revela o desespero dos que não aceitam o fato de que a farsa judicial contra Lula está desmoronando, depois de cinco anos da mais sórdida e mais intensa campanha que já se fez nos meios de comunicação contra um líder político na história desse país.

O Partido dos Trabalhadores e seus membros ofendidos por mais esta ação criminosa da revista Veja estão tomando, desde hoje,  medidas no âmbito da Justiça contra a publicação, seus proprietários, editores e o autor da matéria. O mesmo ocorrerá a todos que reproduzirem a falsidade com intenção de caluniar. Da mesma forma que estamos certos de que a verdadeira Justiça virá para Lula, com a anulação da sentença parcial, injusta e ilegal de Sergio Moro, temos de acreditar que os crimes cometidos contra a verdade e a dignidade também serão punidos com o rigor da lei.

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores

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