O projeto Alert(ar), implantado em julho deste ano na Região Sudoeste de Campinas, monitorou, até agora, 486 pacientes com Covid-19 ou suspeita da doença, com mais de 60 anos ou portadores de comorbidades. O monitoramento é feito com oxímetros do 5º ao 10º dia de sintomas. Os dados foram divulgados pelo prefeito Jonas Donizette durante transmissão ao vivo na internet.
No último sábado, dia 10 de outubro, o projeto, que continua sendo feito nos bairros de abrangência dos 13 centros de saúde da região Sudeste, foi destaque no quadro “Bem Estar” do programa “É de Casa” (TV Globo).
Do total de pessoas monitoradas, 57 foram encaminhadas para unidades de saúde, sendo que nove precisaram ser internadas. Os dados são do último balanço da Secretaria de Saúde, fechado em 9 de outubro.
O projeto, parceria da Prefeitura com o Instituto Estáter e a Sociedade Brasileira de Infectologia, começou nos centros de saúde DIC 3 e DIC 6. Aos poucos foi expandido para todas as unidades básicas da região, o que corresponde a uma população de cerca de 225 mil pessoas.
“Os profissionais identificam o problema nos pacientes antes que haja uma complicação”, comentou o prefeito.
O acompanhamento acontece por telefone ou presencialmente. Em alguns casos, os Agentes Comunitários de Saúde visitam as casas das pessoas e fazem o monitoramento. Em outros, o oxímetro é deixado com os pacientes, que fazem as medições de acordo com as instruções recebidas dos profissionais e são acompanhados por telefone. A ideia é ampliar a ação para outras regiões da cidade.
“É um projeto simples, barato e que eu acho que salvou vidas”, disse o secretário de Saúde Carmino de Souza.
Medição
Se a taxa de oxigênio estiver abaixo de 95%, o que é um sinal de alerta, os pacientes são orientados a ir até o centro de saúde.
É comum o paciente com Covid apresentar falta de oxigênio no sangue sem se queixar de falta de ar (isso se chama hipóxia silenciosa).
A medição da saturação de oxigênio nos pacientes, em especial entre o 5º e o 10º dias após os primeiros sintomas, pod e salvar a vida das pessoas e evitar internações em UTIs, pois é nesse período que ocorre o risco de agravamento do quadro.