Diante das últimas informações sobre o avanço do coronavírus no País, e, no intuito de unir forças para enfrentar e combater a ameaça de uma epidemia em Campinas, a presidente de Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Adriana Flosi, que também ocupa a vice-presidência da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), acompanhada do 1º vice-presidente da ACIC, Guilherme Campos, e com o presidente do conselho consultivo da entidade, Edvaldo de Souza Pinto, reuniu-se hoje, 17/3, com o secretário de Relações Institucionais da Prefeitura Municipal de Campinas, Wanderley Almeida, para discutir medidas que possam ajudar na contenção da disseminação do vírus.
Assim, definiu-se, entre a ACIC, como entidade representativa do comércio, e a prefeitura de Campinas: a criação de turnos alternados nas empresas, com intuito de redução do intenso fluxo de pessoas no transporte público, como ocorre especialmente nos horários de pico. A sugestão é para um escalonamento para a entrada e a saída dos funcionários que usam os coletivos, sendo das 8h às 10h, para a entrada, e das 16h às 18h, para a saída.
De acordo com Adriana Flosi, para os consumidores, seguindo as diretrizes do governo estadual de São Paulo, a orientação é para que façam as compras de alimentação e outros gêneros, como produtos de limpeza e higiene pessoal, por exemplo, para uma semana, não mais do que isso, para evitar o risco de desabastecimento.
“O momento é de cada um fazer a sua parte para preservar o bem-estar coletivo. Nesse sentido, a nossa orientação visa tanto o cuidado com a saúde dos comerciantes, como a de seus colaboradores e da população em geral.
Sabemos que as medidas de isolamento social terão impacto na economia, mas ainda não temos como avaliar a totalidade dessa dimensão. Com as informações e dados disponibilizados até o dia de hoje, a expectativa para o comércio de Campinas é de uma perda de 15 a 20% das vendas até o final de março. A manutenção dessa estimativa dependerá da estabilidade ou não do cenário que temos atualmente”, esclarece Adriana.
O aumento da população de rua é outro motivo que gera preocupação, uma vez que, hoje, muitas famílias venezuelanas também chegam a Campinas. No que se refere à questão da mendicância, segundo Adriana Flosi, a Prefeitura informou que está tomando providências para atender adequadamente a essa situação, inclusive inaugurando nos próximos dias uma Casa de Passagem, próxima ao Mercadão.
Além disso, o poder público municipal também informou que vai criar lei específica para regular as entregas de alimentos nas vias centrais, realizadas por ONGs e igrejas, de modo que essas ações sejam disciplinadas e as distribuições passem a ser realizadas em espaços da Prefeitura.