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segunda-feira, outubro 20, 2025
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\”Febre do Nilo\” ataca cavalos e seres humanos

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Epidemia que matou dezenas de pessoas e infectou criações de cavalos nos EUA chega à América do Sul
Uma doença emergente preocupa atualmente cientistas brasileiros. Conhecida como \”Febre do Nilo\”, a enfermidade, causada pelo \”Vírus do Oeste do Nilo\” (em inglês, West Nile Virus, WNV), ataca principalmente eqüinos, mas também pode infectar seres humanos. Originária da África, a doença se manifestou nos EUA a partir da década de 90 e matou dezenas de pessoas, além de tornar-se epidêmica entre a população eqüina. Recentemente, o vírus foi detectado em cavalos na Província de Buenos Aires, o que indica aproximação do agente. Enquanto o Brasil se preocupa com os focos de gripe aviária, a doença teve entrada discreta na América do Sul.
Os americanos investiram US$ 800 milhões para desenvolver uma vacina que passou a ser utilizada recentemente e demonstrou resultados positivos. No entanto, o caso ainda é tratado como grave e pode se espalhar para a América Latina. Onde foi detectada, a \”Febre do Nilo\” apresentou alta velocidade de propagação e, nos casos mais graves, evoluiu para encefalite e meningite em humanos. Nos eqüinos, a doença causa a morte por meio de complicações neurológicas.

Segundo epidemiologistas, o vírus se espalha por meio de aves migratórias. Portanto, considerando a epidemia nos EUA e o trânsito de aves entre América do Norte e do Sul, era uma questão de tempo a manifestação da doença abaixo do Equador. O que preocupa, segundo especialistas, é que esta rota passa pelo Brasil antes de chegar na Argentina, onde três animais morreram de encefalite. Até agora, não há casos confirmados da enfermidade em humanos em Buenos Aires.

A transmissão é feita por meio de mosquitos, principalmente do gênero \”Culex\”, que se alimentam de aves infectadas e depois passam o vírus para cavalos e pessoas através de picadas. Outro agravante é que entre 75% a 80% dos portadores e hospedeiros do vírus são assintomáticos, principalmente os eqüinos.

Autoridades sanitárias do país estão identificando e estudando aves migratórias com potencial para disseminar o vírus, principalmente em áreas de grande concentração desses animais, como o Pantanal. No último ano, cerca de 600 aves de diferentes regiões do Brasil foram coletadas e examinadas, mas não houve sinal do vírus do Nilo. No entanto, levantamentos preliminares indicam que a probabilidade de ocorrência da doença no país é alta.

Não existe uma vacina específica contra a \”Febre do Nilo\” registrada atualmente no Ministério da Agricultura. O registro e obtenção de licença para importação dos EUA e a comercialização ocorrerão apenas após (e se ocorrer) a detecção oficial do vírus no país.

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