O Teatro Mágico é um projeto multi-artístico que, a partir da música, reúne elementos do circo, do teatro e da poesia. Toda brasilidade do maracatu, samba e hip hop, se mistura com a harmonia da canção erudita e o marcante ritmo do rock, enquanto trapezistas e malabaristas interpretam teatralmente a poesia do cotidiano urbano.
Em cena, são 12 músicos e 3 artistas circenses caracterizados com figurino de clown e embalados por instrumentos como pick ups, violões, violino, guitarra, baixo, percussão, flauta, gaita, bateria, piano e sons eletrônicos.
Com a proposta de mesclar idéias, situações e possibilidades dos sentimentos mais humanistas em meio a realidade brasileira, Fernando Anitelli idealizou, criou e executou projeto musical Teatro Mágico, inovando em um espetáculo repleto de intervenções artísticas diferentes, que se unem na intenção de recriar o antigo mundo circense no dia-a-dia do mundo contemporâneo.
O Teatro Mágico se apresentará em Campinas dia 16 de agosto às 22h no Campinas Hall. Os ingressos custam R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (estudantes e antecipados) e R$ 40,00 (camarotes preço único por pessoa). Para maiores informações sobre o Teatro Mágico no site: www. www.oteatromagico.mus.br.
J.L: Como surgiu a idéia do Teatro Mágico?
Fernando: Sempre participei de saraus e tinha uma banda que se chamava Madalena 19, com isso tive a idéia de colocar no palco tudo o que acontece no sarau, mesclar idéias, artes diferentes, oficina de teatro, dança, música e poesia. Produzi alguns cd’s, juntei 30 amigos e extraímos o que tinha no cd para o palco, o tempo todo como se fosse um teatro, a música não termina nunca e é a partir dela que vamos desenvolvendo o espetáculo.
J.L: De qual cidade vocês são? Onde tudo começou? Há quanto tempo existe o Teatro Mágico?
Fernando: Tudo começou em Osasco em 2003.
J.L: Desde o começo a idéia é o que acontece hoje?
Fernando: A idéia só está 10% do que eu imaginava do que pode ser todo o projeto. Gostaria de ter nossa própria oficina, quero experimentar mais arte, vídeos junto com as apresentações acrobatas, mais poesias, mais coisas ligadas à arte, ter um itinerante diferente e com tudo isso potencializar ainda mais o espetáculo.
J.L: A junção de misturas de músicas, ritmos, expressões corporais, dança, circo, teatro como você uniu também tudo isso?
Fernando: Essa foi a idéia inicial, é isso que torna nosso espetáculo diferenciado, atrativo. Tem que assistir para sentir o que é.
J.L: Onde vocês costumavam se apresentar?
Fernando: Começamos no Café Conserto Uranos, em Osasco, ficamos fixo na 1ª e 2ª temporada. Depois disso fomos nos apresentando em outros lugares e hoje nos apresentamos onde der.
J.L: Seu primeiro público aceitou bem a idéia?
Fernando: O primeiro público foi tranqüilo, eram na maioria, amigos da rua, da escola, conheciam já o trabalho. Depois que eu sai da banda Madalena 19, a banda acabou, foi aí que eu fiz meu primeiro cd solo que foi o Teatro Mágico, o trabalho final ficou fantástico!
J.L: Hoje o Teatro Mágico é mais conhecido, mas não pelo grande público, como se dá essa divulgação? A intenção é tornar-se mais popular no sentido de conhecidos?
Fernando: O objetivo é tocar em Marte (risos), em todos os locais que nós conseguirmos. Precisamos de patrocínio, apoios. Antes de qualquer espetáculo precisamos conhecer um pouco do público, do lugar que nos apresentaremos para desenvolvermos um trabalho que agrade a quem está assistindo. Queremos que seja acessível para todas as pessoas. A cultura hoje no país, infelizmente, não são para todos. 20% do país tem acesso a internet, sendo que 10% não utilizam com freqüência…
J.L: De quanto em quanto tempo vocês mudam o espetáculo, como funcionam as temporadas?
Fernando: Cada apresentação tem uma cena diferente, há um rodízio de pessoas, muda o repertório sempre. Reciclando músicos, atores, o teatro, o circo, modificando sempre que possível, estando em constante metamorfose.
J.L: Os produtos da lojinha foi uma solicitação do público ou é pela idéia de divulgação do espetáculo?
Fernando: O propósito é divulgar o trabalho. As frases estampadas nas camisetas chamam atenção, os adesivos… Os cd’s são vendidos à R$ 5,00, mas se a pessoa não tem eu digo para piratiar, o importante é ter acesso, conhecer e curtir o que tem de bom. Essa forma de pirataria acho muito válida.
J.L: Quantas pessoas já assistiram ao espetáculo?
Fernando: Nós já atingimos 500 mil pessoas. Só no orkut existe 50 mil pessoas em diferentes comunidades, 500 vídeos no youtube, 40 mil cd’s vendidos artesanalmente.