O número de doações de órgãos segue em queda no 1º semestre de 2007
A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) divulgou hoje os novos resultados obtidos pelo Registro Brasileiro de Transplantes no primeiro semestre deste ano. Pelo terceiro ano consecutivo observou-se uma diminuição na taxa de doadores efetivos no País. Em 2004, a taxa foi de 7,3 doadores por milhão de população (pmp), passando para 6,4 pmp em 2005, 6,0 em 2006, caindo para 5,4 pmp no primeiro semestre de 2007.
Pela primeira vez, desde 1980, quando ocorreu o início dos programas de transplantes hepáticos, houve uma queda de 14%, passando de 5,5 pmp, para 4,8 pmp. A porcentagem de emprego de doadores vivos permaneceu estável com 17%. O transplante de córnea registrou uma queda de 6% após vários anos de crescimento.
Os transplantes renais permaneceram estáveis. Uma das maiores diminuições foi encontrada nos transplantes cardíacos e de pâncreas-rim. Deve-se destacar o estado do Paraná, onde foram realizados 32% dos transplantes de coração, com 3,7 pmp, número seis vezes maior do que a média nacional, que atualmente é de 0,6 pmp e três vezes mais que Minas Gerais, no segundo lugar com 1,2 transplantes por milhão de população.
Em contraponto a essas consecutivas quedas, o aspecto positivo foi o constante crescimento no número de doações do estado de Santa Catarina, que hoje está próximo de 15 doadores/pmp. O Rio Grande do Sul manteve-se estável com 12,0 doadores/pmp. Todas as demais regiões brasileiras apresentaram queda neste primeiro semestre.
Os baixos índices apresentados levaram a ABTO a antecipar a IX Campanha Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos 2007. Além de alertar a população sobre a importância social do tema, a intenção é elevar o número de doadores. A Campanha deste ano, cujo tema é “Preserve a vida, seja um doador de órgãos”, terá como padrinho o cantor Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest.
