Pelo quarto ano consecutivo o Comitê para Democratização da Informática (CDI) de Campinas realiza Simpósio Regional de Inclusão Digital. O evento faz parta da Semana de Inclusão Digital, em comemoração ao Dia Municipal da Inclusão Digital do Município de Campinas (Lei n.11611/2003), 29 de março. O simpósio será realizado na quinta-feira, dia 27 de março, no Centro de Convenções da Unicamp (Ginásio de Esportes), a partir das 8h30, com entrada franca.
Com o tema: “Sustentabilidade e lixo eletrônico”, o simpósio é fruto de uma parceria do CDI Campinas com a Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural da Unicamp e tem como objetivos promover trocas de experiências e informações sobre o tema da inclusão digital sob a ótica do lixo eletrônico; fomentar o debate sobre sustentabilidade do desenvolvimento e uso das Tecnologias da Informação e Comunicação; criar uma consciência para ação coletiva que promova a inclusão digital e o desenvolvimento econômico e social na Região Metropolitana de Campinas; e promover futuras políticas públicas conjuntas de inclusão digital regionais.
O simpósio é destinado a profissionais, estudantes, governo, trabalhadores, voluntários e colaboradores do terceiro setor e demais interessados no tema da inclusão digital. A intenção dos organizadores do evento é reunir diversos setores da sociedade, para compartilhar as diversas práticas e fortalecer uma rede de atores sociais comprometida com a importância e desenvolvimento da causa.
O que fazer com o lixo eletrônico?
As estimativas revelam que há mais de 1 bilhão de computadores em todo o mundo, um número recorde na história. É uma revolução digital, que traz consigo um novo problema ainda pouco discutido: o lixo eletrônico. O descarte inadequado de computadores e componentes eletrônicos causa sérios problemas ambientais. Os monitores, por exemplo, podem conter até três quilos de metais pesados. E com isso, o lixo eletrônico passa a ser o gênero de resíduo que mais cresce no mundo.
Ainda não há no Brasil uma legislação nacional que estabeleça o destino correto para a sucata digital ou que responsabilize os fabricantes pelo seu descarte. Por enquanto, são as organizações não-governamentais e cidadãos comuns que tentam minimizar o problema.
Iniciativas vêm sendo trabalhadas para diminuir o impacto do descarte de materiais tecnológicos como: cooperativas especializadas em lixo eletrônico; transformação artística dos materiais; recuperação dos componentes para montagem de computadores (principalmente utilizando tecnologia de terminais leves) e conscientização sobre o consumo responsável das tecnologias.
Programação
O 4º Simpósio Regional de Inclusão Digital será composto por um painel de palestras, debates e quatro oficinas. Das 9h às 10h40, as palestras serão ministradas por Aron Belinky, do Instituto Akatu; por Silvério Zebral, do BNDES; Fátima Cardoso, do Instituto Envolverde e Jorge Salles, da Microsoft.
Após uma pausa para o coffe-break, o debate terá início às 10h55, com previsão de término às 12h35. Estão confirmadas as presenças de Rachel Negrão, economista formada pela Unicamp e doutora em Engenharia Mineral pela EPUSP, com tese desenvolvida na área de Desenvolvimento Sustentável e Gestão Ambiental; Ariane Faria, cientista social, educadora e coordenadora da Escola de Informática e Cidadania (EIC) Vedruna; Antonio Carlos Bellini Junior, advogado, secretário geral da OAB/Campinas e presidente da Comissão de Meio Ambiente, Ecologia e Interesses Difusos da OAB/Campinas e mais dois nomes a serem confirmados.
Após o almoço, a partir das 13h35, as pessoas poderão participar das oficinas de consumo consciente, com Reinaldo Hojo e Laura Caetano; reciclagem de computadores, com a equipe técnica do CDI Campinas; arte e sucata, sendo bijouteria com Naná Hayne e Grafitti, com Fernanda Sunega e legislação, com Eduardo Turati.
As inscrições devem ser feitas antecipadamente pelo site www.cdicampinas.org.br/simposio.
Intervenção Urbana
A fim de alertar as pessoas sobre a questão do lixo eletrônico e convidar participantes para o Simpósio, o CDI organizou uma intervenção em diversos pontos da Unicamp. Espalhou material inutilizado na Biblioteca Central, Ciclo Básico II, Restaurante Universitário e na Faculdade de Engenharia Elétrica. Fotos estão em anexo.