Gerar, catalisar e difundir informações sobre as oportunidades de investimento para o desenvolvimento sustentável do País. Esta é a meta do projeto Promoção do Turismo e Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica elaborado pelo Instituto Arruda Botelho (IAB), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Ministério do Turismo, que foi apresentado ontem, quarta-feira, na sede da entidade.
Um dos pontos de destaque do programa é o fomento do turismo na região – atividade praticamente inexistente em relação ao resto do País. Segundo dados do IBGE, desde de 2002 a região amazônica conta com apenas 0,6% do turismo nacional. Em 2005, o Estado do Amazonas recebeu 210 mil turistas, sendo que 70% deles em viagens de negócios.
Para o IAB, o principal fator dessa baixa expressividade é a carência de linhas aéreas à região. Para dar um exemplo, uma pessoa que está em Recife e quer chegar em Manaus precisa primeiro ir até Brasília para então fazer uma conexão à cidade amazonense.
O governador do Amazonas, Carlos Eduardo Braga, acompanhou a apresentação do projeto e explicou que o problema de infra-estrutura se torna secundário diante da precariedade dos vôos. \”Se as empresas aéreas não fossem tão desorganizadas, nós não estaríamos pagando um preço tão alto\”, argumentou.
Na opinião do ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, também presente ao evento, a questão não é só essa. Segundo ele, o desenvolvimento do setor tanto na região amazônica quanto no Brasil depende, basicamente, de autopromoção. No ano passado, cerca de 20 milhões de turistas europeus viajaram ao sudeste asiático, enquanto 2,2 milhões visitaram as terras tupiniquins. \”Precisamos investir cerca de US$ 100 milhões em promoção por ano. Não adianta termos uma flora e fauna rica e paisagens lindas, se ninguém fica sabendo\”, enfatizou.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, acrescentou que o governo precisa aceitar que existem outras prioridades além do controle da inflação, como o investimento em infra-estrutura, inovação, tecnologia e, evidentemente, o turismo. \”Acredito cada vez mais que o País tem condições de ser uma grande potência mundial dentro de algumas décadas. Nós queremos desenvolver, investir e proporcionar o crescimento, mas para isso temos que atingir o desenvolvimento sustentável\”, disse.
Em 2005, o turismo internacional no Brasil rendeu aos cofres do Banco Central US$ 4 bilhões, perdendo apenas para o setor de minérios e ferros, soja em grão, automóveis e petróleo bruto. O ministro Walfrido dos Mares Guia prevê que até o final de 2007 esse número suba para US$ 7 bilhões.
Em tempo: para que o projeto Promoção do Turismo e Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica se torne realidade, caberá ao IAB viabilizar os recursos financeiros para o projeto, por meio das Parcerias Público Privadas (PPP\’s), bem como gerenciar, monitorar e divulgar os resultados. \”Enquanto o turismo se desenvolve, estaremos sensibilizando as Universidades, empresas e Instituições públicas e privadas\” afirma o presidente do IAB, Fernando Botelho.
Fiesp e Instituto Arruda Botelho apresentam proposta de desenvolvimento sustentável para a região am
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