Palestra promovida pela ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), com a terapeuta Ana Paula Mastropiero.
Como todos os pacientes de câncer, os portadores de linfoma e leucemia têm seu cotidiano interrompido e desorganizado com o aparecimento da doença. Trabalhar, estudar, realizar as tarefas domésticas, dirigir, fazer exercícios físicos, praticar esportes, fazer compras, divertir-se, conviver socialmente, viajar. As atividades rotineiras de uma pessoa diagnosticada com câncer mudam completamente, pois seu tempo passa a ser divido em idas ao hospital.
Mesmo quando está em casa, o tratamento passa a ser a ocupação central de sua rotina: tomar remédios, alimentar-se adequadamente, repousar. Sem contar os desconfortos como febre e dores na barriga.
A atuação do terapeuta ocupacional com pacientes de linfoma e leucemia tem se mostrado eficiente na conquista de maior independência, autonomia e melhoria de problemas relacionados à doença. O terapeuta ocupacional pode ajudar na construção de novas possibilidades de atividades cotidianas, retomar desejos e vontades, abrindo um espaço saudável e de vida na rotina do paciente.
“Nosso trabalho é encontrar meios para que o paciente mantenha-se em condições físicas e emocionais de executar suas tarefas diárias, apesar das dificuldades impostas pela doença”, explica a terapeuta ocupacional Ana Paula Mastropiero, coordenadora do Comitê de Terapia Ocupacional da ABRALE.
Mastropiero vai ministrar a palestra A Terapia Ocupacional na Assistência ao Paciente, na sede da ABRALE. “O terapeuta ocupacional é responsável por analisar e promover adaptações necessárias voltadas à manutenção das funções físicas e sensoriais, como mobiliário e ambiente. Cuidar do conforto, controle da dor e fadiga também são maneiras que o terapeuta ocupacional pode ajudar”, explica a terapeuta.
De acordo com Mastropiero, o terapeuta ocupacional é um profissional previsto no Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda em expansão. Isso significa que nem todos os hospitais públicos oferecem este serviço. O que a maioria dos pacientes que utilizam o sistema público desconhece é a possibilidade de solicitar atendimento fora de seu centro de tratamento. “O paciente deve procurar um terapeuta ocupacional nos serviços em que faz tratamento ou pedir encaminhamentos a partir destes serviços”, explica a terapeuta. “Este é um serviço fundamental para uma assistência integral à saúde”.
Sobre o Encontro ABRALE 2006 – Evento semanal que coloca pacientes, familiares e profissionais da saúde em contato com especialistas em Onco-Hematologia. As palestras são ministradas por especialistas de quatro áreas: Médico-científica, Multidisciplinar, Terapias Complementares e Oficinas Recreativas. O Encontro é realizado semanalmente, com inscrição gratuita.
Informações, sugestão de personagens e agendamento de entrevistas:
Fernanda Carvalho Schneider
Assessoria de comunicação ABRALE
(11) 3149-5190 fernanda@abrale.org.br Site: www.abrale.org.br
Terapia Ocupacional pode ajudar paciente de câncer a reconstruir seu cotidiano
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